Datamétrica: home based em Chã Grande Empresa já analisa a viabilidade de contratar trabalhadores remotos em outras cidades e gerar emprego

Publicação: 18/11/2017 03:00

Chã Grande é uma cidade pernambucana de 22 mil habitantes e que roda a sua economia no agronegócio e no turismo. Como qualquer cidade, tem seu comércio local, que oscila mais drasticamente com o movimento da economia. A ideia para diversificar o emprego foi tentar instalar uma unidade de call center na cidade, um novo tipo de emprego, diferente do comum da cidade. A empresa procurada foi a Datamétrica, que, pelo alto custo de implantação, não viabilizou a estrutura. A solução, porém, pode vir com o modelo de home based, que pode gerar empregos em cidades onde não estão instaladas as estruturas físicas das empresas de call center.
“A primeira ideia era criar um núcleo aqui na cidade, porque a gente queria enfrentar a crise e buscou uma opção que emprega muita gente. Mas o retorno é de que seria um custo alto. Outra opção que levamos foi a prefeitura fornecer o ônibus para levar e trazer os trabalhadores do Recife, mas havia um risco de o custo não ter utilidade total porque poderia ter horários diferentes de expediente, alguns poderiam pedir demissão e o ônibus ficaria ocioso. Foi quando surgiu a possibilidade do home based, que permitiria o trabalho de casa. Para uma cidade de poucas oportunidades, seria muito bom. E o investimento que faríamos no ônibus vamos transferir para capacitar os interessados, se for o caso, montando uma base de treinamento em algum ponto da prefeitura para que eles não percam a oportunidade por alguma falta de conhecimento básica ou porque acham que o trabalho é difícil”, detalhou o prefeito de Chã Grande, Diogo Gomes.
A proposta está em testes na Datamétrica. A ideia é ampliar a margem de pessoas e locais a integrarem o quadro da empresa, a partir do trabalho remoto, conforme regem as normas trabalhistas vigentes. De acordo com o diretor de operações da Datamétrica, Alberto Porto, nada inviabiliza a contratação de pessoas a 50 quilômetros ou até 100 quilômetros de distâncias das unidades físicas da operação. “A ideia é ter responsabilidade e os equipamentos básicos para atuar com a atividade e com a empresa. É mais uma forma de gerar possibilidades para várias cidades”, pontuou.
É o que aguarda o prefeito de Chã Grande. “O maior desafio do gestor é gerar oportunidades e essa eu enxergo como real. É mais gente empregada, uma renda que vem de fora da cidade e que pode movimentar internamente o nosso comércio. Além disso, vem de um trabalho inicial que pode qualificar e levar conhecimento para as pessoas e principalmente em volumes expressivos, desde que haja interesse. Por isso que, se o projeto for viabilizado, faremos uma grande campanha para a cidade aproveitar a oportunidade”, ressaltou.
Alberto Porto, da Datamétrica, acrescenta um dado sobre o caso da cidade. O deslocamento para chegar ao trabalho, com trânsito e fatores externos aumentam os riscos de atraso ou falta, por exemplo, além do estresse. “São pontos que provocam cansaço, desgaste e que, não por falta de interesse, geram pedidos de demissão. É outro condicionante positivo para o caso a ser estudado na cidade de Chã Grande, que já reduziria esse risco e beneficiaria o trabalhador, que estará prestando o serviço de casa”, complementa. A Datamétrica já realiza os testes da operação home based e, ao aprovar o modelo tecnicamente, deve abrir a oportunidade de contratar de outras cidades quando a demanda exigir novos empregados.