ÁLCOOL » Usinas atraem produtores do país

Publicação: 16/12/2017 03:00

Usinas de açúcar de Pernambuco geridas sob modelo de cooperativas rurais e formadas por fornecedores de cana estão atraindo a atenção de produtores de biocombustíveis do país. Representantes de entidades do setor estiveram nos últimos dois dias no estado para conhecer algumas unidades. Desde que a nova Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) foi aprovada pelo Senado, dia 12, o setor sucroenergético tem feito previsões de retomada da perspectiva do crescimento do etanol brasileiro, estimando investimentos na ordem de R$ 1,4 trilhão até 2020.

Grande parte desse montante, segundo a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), deve ser aplicada em novas usinas e na melhoria das atuais. Sendo assim, enquanto esperam a sanção presidencial do RenovaBio, os produtores, que são ligados à Comissão de Cana da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), optaram por fazer uma visita técnica à Zona da Mata pernambucana. O modelo de gestão cooperativado já foi adotado por duas usinas no estado: Coaf/Cruangi e Agrocan/Pumaty, situadas em Timbaúba (Mata Norte) e em Joaquim Nabuco (Sul) respectivamente. Ambas estão em recuperação judicial e foram reabertas através da iniciativa de agricultores, que criaram as cooperativas (Coaf e Agrocan) a fim de administrar as empresas e manter a atividade canavieira ativa na região.

“O objetivo principal da vinda desse grupo de fora foi o ele conhecer o nosso modelo de gestão e os resultados apresentados", afirmou o presidente da Coaf, Alexandre Andrade Lima. Antes, estiveram reunidos na Associação dos Fornecedores de Cana, quando realizaram a reunião da Comissão de Cana da CNA, feita tradicionalmente em Brasília.

Ainda não há previsão para a sanção do Renovabio. Trinta e quatro entidades, a exemplo da Feplana, está enviando uma solicitação conjunta para que o presidente Michel Temer sancione o mais rápido possível.