Diario econômico

André Clemente - interino
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Publicação: 02/01/2018 03:00

Famoso ganha-ganha

Vários setores produtivos ganharam uma atenção do governo do estado para começar 2018 e valer a mensagem do governador Paulo Câmara de que é preciso jogar um jogo onde todos ganham. E a atenção veio logo na área tributária, pleito recorrente de qualquer empreendedor e que é sempre bem-vindo, tanto pela redução da carga como pela simplificação. No polo gesseiro, o incentivo veio como descomplicador. Nos mesmos moldes do que ocorreu com o polo têxtil há um ano, a nova dinâmica tributa apenas a primeira etapa, que, no caso do gesso, são as mineradoras. As demais ficaram “isentas”. Simplifica, barra a formação equivocada de preços na cadeia, mas é bom para os dois: setor e governo. Recolhido na extração, o imposto garante toda a cadeia coberta, obrigando as demais etapas a se formalizarem para se manterem no negócio. Tanto as calcinadoras, que transformam a gipsita em gesso, quanto as fábricas, que fazem os derivados, terão que estar dentro do mercado formal. É dessa formalização em curto prazo que sai um ganho extra de arrecadação em médio e longo prazos. No caso do polo têxtil, foram mais de R$ 10 milhões no caixa. Ainda que achem pouco, no caso do gesso, garante um setor que movimenta R$ 70 milhões sob o olhar do governo. Com o mesmo fim de formalização, pequenos produtores de queijo artesanal terão a simplificação tributária vinculada a um registro de cadastro de vigilância sanitária, que filtra a concorrência desleal, mas que vai exigir emissão da Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e). Simples e está todo mundo de novo sob o guarda-sol da Fazenda. Mais receita. Como ganha de um lado, dá para abrir mão de outro. A escolha para ceder foi no tomate. Imposto zero para quem produz e revende o produto, exceto para fins industriais. O que vale ressaltar é que tudo saiu de conversa com os setores, garante o governo. Se esse diálogo que gerou esse pacotão de fim de ano tem fins eleitorais, agora, não interessa muito a quem quer produzir.

Mas tem boleto também
A partir de hoje, já é possível imprimir o boleto do IPVA 2018 no site do Detran-PE. O vencimento da primeira parcela é em fevereiro, repetindo o polêmico calendário iniciado no ano passado que quebrou a história de se começar a pagar em março. Pagamento em cota única tem 7% de desconto. A arrecadação do IPVA em Pernambuco é de aproximadamente R$ 1 bilhão por ano.

Dinheiro mais barato
O novo presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, já chegou anunciando que os empréstimos via Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) terão, em 2018, descontos de 37% a 68,5% em relação às taxas cobradas para operações de crédito praticadas no restante do país. Vai ficar mais fácil o investidor escolher o Nordeste com dinheiro mais barato.

Qualquer banco no Itaú
O Itaú acaba de lançar o piloto de um equipamento que promete trazer facilidade e eficiência para o dia a dia dos clientes: o Totem Digital de autoatendimento. Nele será possível realizar pagamentos de boletos bancários e contas de concessionárias (telefone, gás, água e luz) com cartão de débito de qualquer banco com as bandeiras Mastercard, Visa e Hipercard. São Paulo já testa e, dando certo, vai para o resto do país.

Preparar para o mercado
O Programa Novos Talentos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa do estado, abre 245 vagas para cursos técnicos gratuitos em Santa Cruz do Capibaribe, Araripina e Petrolina. As aulas são ministradas em parceria com o Senai e as inscrições acontecem pelo site www.sempetq.pe.gov.br. Administração, manutenção automotiva e refrigeração são opções de turma.

Produtor rural
A Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco promete reforçar a parceria com o Banco Mundial, através do ProRural, em 2018. Produtores rurais de 180 cidades do estado estarão no foco. As ações do programa, por exemplo, reuniram R$ 3,5 milhões em construção de cisternas nos últimos três anos, beneficiando mais de 2,1 mil famílias.