O incentivo do ensino superior

Publicação: 13/01/2018 03:00

Muitos dos alunos que estão em algum curso de nível superior e que empreendem, sentem que o papel das universidades e faculdades é fundamental para a elaboração de ideias e o crescimento em seus negócios. Segundo Waldir Cavalcanti, analista do Sebrae, o que sempre se pensou era que o ensino superior preparava o aluno para uma carreira profissional. “Com a escassez de empregos, essas faculdades estão começando a ver que devem apostar no ensino empreendedor, com cadeiras voltadas a isso e ações dentro do ambiente acadêmico”.

O Sebrae, hoje, tem uma parceria com seis centros de ensino superior, tanto público quanto privado, para a efetivação de postos avançados que auxiliam os alunos e a comunidade acadêmica na questão do empreendedorismo. São realizados palestras, oficinas, cursos e orientações sobre plano de negócio. Além disso, existe a jornada na faculdade, que presta serviços atendendo aos universitários de diversos cursos.

Na Uninassau e Uninabuco, instituições do grupo Ser Educacional, existe um calendário acadêmico que contempla palestras, oficinas e congressos sobre o tema, e todos os cursos contam, em sua matriz curricular, com a disciplina de empreendedorismo. Já na Universidade Católica de Pernambuco, a aposta é na empresa júnior, que leva o nome da instituição como forma de incentivo aos alunos  começarem a empreeder. “É um movimento que leva esse empreendedorismo para a universidade, em forma de parceria com as empresas para a realização de palestras, eventos, feiras, entre outras coisas”, explica Eduarda Vieira, estudante de administração que participa da empresa júnior da Unicap.

Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as ações empreendedoras são priorizadas através das oito empresas juniores que estão presente no campus e da ação “empreendedor residente”, que incentiva a criação de projetos sustentáveis através da tecnologia e do conhecimento. O projeto foi iniciado esse ano dentro do Centro de Tecnologia e Geociências e do  Centro de Ciências Sociais Aplicadas, e que será ampliada em 2018 a outros centros.

Para o estudante de administração Vinicius Galvão, 20, o apoio das instituições superiores ao empreendedorismo, ainda que existam, devem ser mais divulgados. “Muitas dessas universidades preparam os alunos para uma profissão. Elas têm que entender que ser empreendedor é uma possibilidade real”. Segundo ele, essa pode ser uma saída para a criação de novos postos de trabalho. “Se o negócio der certo, eu posso não só ter a minha renda como também empregar novas pessoas, gerando assim, mais empregabilidade”, finalizou.