Jungmann: os efeitos são pontuais

Publicação: 23/05/2018 03:00

Um comitê de crise foi criado pelo governo federal para acompanhar nacionalmente os efeitos da greve dos caminhoneiros contra o preço do óleo diesel, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Ele minimizou, no entanto, os prejuízos das manifestações, que, em sua opinião, ainda não interferem no dia a dia da população.

“Em alguns estados, (os prejuízos da greve) já cessaram. Não há maiores dificuldades no estado de São Paulo e, em alguns outros, continuamos tendo problema. Estamos fazendo parcerias com os governos dos Estados e isso é uma questão de ordem pública, responsabilidade sobretudo dos estados. Mas estamos à disposição. A Polícia Rodoviária Federal está à disposição, se necessário for”, afirmou o ministro após participar de encontro com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira.

Segundo Jungmann, os efeitos econômicos da greve são pontuais. Ele citou o Porto de Suape, em Pernambuco, onde um bloqueio impede a saída de combustível de aviação. “Estamos em contato, falando com o governador, com o secretário de Segurança, acompanhando toda essa movimentação. Mas reitero que até aqui não houve nenhuma solicitação dos estados para que o governo federal disponibilize recursos e força”, disse.

GASOLINA
A partir de hoje, o preço médio do litro da gasolina A, sem tributo nas refinarias, será de R$ 2,0433, com queda de 2,08% em relação à média atual de R$ 2,0867. Essa é a primeira queda após cinco dias consecutivos de alta. No mês de maio, o combustível acumula alta de 13,6%. Já o valor médio nacional do litro do diesel A caiu para R$ 2,3351, 1,54% menor do que a medida atual de R$ 2,3716. No mês, o produto acumula alta de 10,6%.

No comunicado, a Petrobras ressalta que as reduções foram definidas de forma “estritamente técnica”, e decorrem da aplicação normal dos princípios e processos de reajustes previstos na política de preços. A companhia afirma que a decisão reflete as variações dos itens do preço de paridade internacional (PPI), como câmbio e fretes marítimos. (Da Agência Estado)

Blitz em Pernambuco
Uma ação da Secretaria da Fazenda do estado (Sefaz-PE) identificou a comercialização irregular de 30 milhões de litros de diesel que eram vendidos em 26 postos de combustíveis espalhados pelo estado. O produto não continha comprovação de origem – notas fiscais de entrada no posto. Com a articulação, a Sefaz recuperou R$ 33 milhões aos cofres estaduais, entre impostos e multas.

A regularidade fiscal dos produtos é uma das frentes de atuação de uma operação conjunta com a Agência Nacional de Petróleo e o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-PE), que nas próximas duas semanas pretende fiscalizar 150 postos em todo o estado. O controle volumétrico das bombas e a qualidade dos combustíveis são outros pontos que serão verificados pelos agentes.

De acordo com o diretor de Operações Estratégicas da Sefaz-PE, Cristiano Dias, a fiscalização é estratégica, já que o setor é um dos que mais arrecadam impostos. “Essa operação é parte de uma ampla estratégia do estado no combate à sonegação no segmento, que responde pela terceira maior arrecadação de ICMS em Pernambuco”, afirmou.