Provider entre as melhores empresas Companhia de call center foi listada entre as cinco tops de Pernambuco na certificação Great Place to Work

Publicação: 09/02/2019 03:00

A Provider foi listada entre as cinco melhores empresas para se trabalhar em Pernambuco, segundo a certificação Great Place to Work (GPTW). A premiação, resultado de uma votação com os colaboradores, chegaria, em outros tempos, como o grande resultado de metas alcançadas. A situação atual da empresa, por sua vez, faz o prêmio valer muito mais. A Provider, uma empresa de call center, atravessa oficialmente o terceiro ano de recuperação judicial, homologada em 2016 e que, naturalmente, deixa o capital humano “para baixo”. O título chega ao comando da empresa como um gás para reforçar o caminho de sair da condição adversa atual e subir mais um degrau para restabelecer o seu crescimento sustentável.

Arnaldo Haimenis, sócio da Provider, recebeu a notícia com entusiasmo e gratidão aos mais de 3 mil colaboradores do grupo hoje. “É uma conquista que tem um peso significativo porque, ainda que o trabalhador do grupo seja um dos nossos pilares, a gente entende que a situação da empresa faz todo mundo ficar meio pra baixo. E esses mesmos colaboradores votarem, afirmarem que a gente atende os critérios de empresas excelentes, chega para a gente como um voto de que estão apostando na gente e que o caminho para reverter o cenário está correto”, destacou.

O Programa de Certificação GPTW é uma medição da percepção dos funcionários em relação à empresa. É um projeto presente em mais de 50 países e virou referência no mundo corporativo como algo a se conquistar pelas empresas. O principal fator, inclusive, é como atingir resultados excepcionais, extraindo o melhor das pessoas e de forma sustentável. “Não foi a empresa que avaliou, não participamos da escolha dos funcionários e não acompanhamos o processo. A única ação da empresa foi passar o contato dos funcionários e estimulá-los a responderem. Vale ressaltar que as respostas são confidenciais. Foi muito importante pra gente essa sinalização”, complementa.

A Provider já teve 12 mil funcionários e, em 2015, a crise que assolou o país pegou em cheio os contratos da empresa. A decisão pela recuperação judicial foi o caminho legal utilizado para manter o mínimo de saúde corporativa e uma forma de segurar boa parte dos empregos. “Quando a gente entrou em recuperação judicial, foi circunstancial em 2015. Tivemos um grande problema de fluxo de caixa, por questões de credores do mercado financeiro e usamos esse processo legal para restabelecer a atividade. A gente faturava o triplo do que fatura hoje, ficamos mais enxutos, mas preservamos o máximo de capital humano possível”, lembra.

Para se ter ideia da gravidade do ônus na empresa, o Grupo Provider perdeu 30% do faturamento em quatro meses. “Nosso faturamento deu um tombo, mas tínhamos obrigações de curto prazo com bancos que ficaram descobertas e que poderiam quebrar a empresa. Entramos em recuperação judicial para alongar a vida. Ainda assim, a crise piorou e estamos atravessando. Quando essa travessia vem com o reconhecimento do colaborador, a gente ganha ânimo para sair da recuperação judicial até 2020, construindo a base para que os ganhos representem um crescimento sólido”, garante Arnaldo Haimenis, sócio da Provider.