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Rose Guareschi, mão na roda e na gestão
A empresária não mede esforços para formar equipes colaborativas e continuar empreendendo na crise
Etiene Ramos
dpempresas@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 20/07/2019 03:00
Não estranhe se entrar numa loja da Julietto e encontrar a dona da empresa, Rose Guareschi, mandando ver na limpeza, orientando os funcionários no atendimento, distribuindo atenção aos clientes e aos sócios - sua filha Paula e o ex-funcionário Paulo Bandeira de Melo. Ela faz tudo ao mesmo tempo e bem feito, como faz questão de ensinar aos que entram no time. A voz rouca, com forte sotaque paranaense, dá o tom para o funcionamento do grupo Julietto com 12 lojas próprias de fast food de massas e as extensões Julietto Festa e Julietto Mundi – com sabores de vários países. Apesar das especialidades do cardápio e dos fundadores, Rose e o marido Carlos Guareschi, serem do Paraná, o grupo, fundado no Recife há 18 anos, ressalta que é pernambucano.
No dia a dia, Rosemary Peres Varea Guareschi vive o empreendedorismo na perfeita acepção da palavra. Desde sempre. Começou a trabalhar no Banco do Brasil aos 15 anos, em Rondônia, onde a família foi morar, sempre com negócios paralelos que lhe tomavam os três expedientes. Trabalhava no banco, estudava Ciências Biológicas, dava aulas em escola pública e ainda gerenciava uma boutique. Depois de casada, aos 22 anos, mudou-se para Rondonópolis, no Mato Grosso, onde nasceram suas filhas e lá montou uma confecção. Tempos depois, a família resolveu morar numa capital a fim de dar uma melhor educação às crianças e escolheu o Nordeste e o Recife, que Rose nem conhecia. “Todo sulista sonha em vir morar no Nordeste. Temos a ideia que com o sol, o mar, tudo é mais fácil, todo mundo é mais feliz e vim viver aqui”, justifica.
Na bagagem, uma vontade de continuar a empreender que se transformou num fast food, o Gepetto, e trouxe ao Recife a proposta onde o cliente criava a receita, escolhendo uma massa, o molho e incrementando com outros ingredientes. O modelo veio do Barollo, um restaurante mineiro que inspirou o Diletto cujos donos tornaram-se amigos dos Guareschi. Rose quis trazê-lo como franquia mas os proprietários a convenceram que era melhor criar o seu próprio restaurante no Recife. Um ano após a abertura do Gepetto, ela se depara com uma ação judicial da Spoletto, do Rio de Janeiro, alegando uso da marca de uma pequena pizzaria que a rede havia adquirido e do modelo de operação que eles também haviam adotado a partir do Barollo.
Já que tinha que tirar as placas, a família fez tudo do seu jeito. Era dezembro e os votos de boas festas, em macarrão, cobriram o nome Gepetto. Dias depois, a caçula, Paula, anunciou, em cima de uma mesa da praça de alimentação do Shopping Center Recife, que a loja agora se chamava Julietto, em homenagem à irmã mais velha, Júlia. A emoção declarada acionou um marketing espontâneo que impulsionou a mudança. “Era uma marca que estava para fechar mas vimos renascer no nome de uma filha, uma história muito mais forte surgia”, recorda Rose.
Renovo na crise
“Somos uma das poucas empresas que está saindo da crise melhor do que entrou”. A afirmação de Rose Guareschi se explica pela disposição para empreender em qualquer situação. A partir de 2014, o grupo fez um planejamento, adotou uma estratégia de branding e unificou as três marcas que tinha (Julietto, Bom de festas e Qin Xian). Até 2018, foram demolidas e reconstruídas dez lojas que passaram a ter um único padrão, harmonizado, com sutis diferenças de azul entre as operações.
Neste período, o grupo partiu para a sede própria, assumindo um financiamento bancário que permitiu mudar de uma loja de 180 m2, em Boa Viagem para uma de 615 m2, na Imbiribeira. “Não fiquei parada na crise. Criamos. Antes era tudo de forma intuitiva, agora buscamos consultorias para quase tudo. Se errarmos, estamos conscientes”, observa.
A nova casa é maior é mais econômica, usa energia solar e reaproveita a água. O escritório mais amplo, abriga a contabilidade, o setor de Recursos Humano e sala de treinamento. “Em épocas de dificuldades temos que investir em projetos novos. Quando se renova uma loja, você se renova e ganha força para lutar contra a crise. Se você se recolher, fica pequeno”, ensina Rose Guareschi.
No dia a dia, Rosemary Peres Varea Guareschi vive o empreendedorismo na perfeita acepção da palavra. Desde sempre. Começou a trabalhar no Banco do Brasil aos 15 anos, em Rondônia, onde a família foi morar, sempre com negócios paralelos que lhe tomavam os três expedientes. Trabalhava no banco, estudava Ciências Biológicas, dava aulas em escola pública e ainda gerenciava uma boutique. Depois de casada, aos 22 anos, mudou-se para Rondonópolis, no Mato Grosso, onde nasceram suas filhas e lá montou uma confecção. Tempos depois, a família resolveu morar numa capital a fim de dar uma melhor educação às crianças e escolheu o Nordeste e o Recife, que Rose nem conhecia. “Todo sulista sonha em vir morar no Nordeste. Temos a ideia que com o sol, o mar, tudo é mais fácil, todo mundo é mais feliz e vim viver aqui”, justifica.
Na bagagem, uma vontade de continuar a empreender que se transformou num fast food, o Gepetto, e trouxe ao Recife a proposta onde o cliente criava a receita, escolhendo uma massa, o molho e incrementando com outros ingredientes. O modelo veio do Barollo, um restaurante mineiro que inspirou o Diletto cujos donos tornaram-se amigos dos Guareschi. Rose quis trazê-lo como franquia mas os proprietários a convenceram que era melhor criar o seu próprio restaurante no Recife. Um ano após a abertura do Gepetto, ela se depara com uma ação judicial da Spoletto, do Rio de Janeiro, alegando uso da marca de uma pequena pizzaria que a rede havia adquirido e do modelo de operação que eles também haviam adotado a partir do Barollo.
Já que tinha que tirar as placas, a família fez tudo do seu jeito. Era dezembro e os votos de boas festas, em macarrão, cobriram o nome Gepetto. Dias depois, a caçula, Paula, anunciou, em cima de uma mesa da praça de alimentação do Shopping Center Recife, que a loja agora se chamava Julietto, em homenagem à irmã mais velha, Júlia. A emoção declarada acionou um marketing espontâneo que impulsionou a mudança. “Era uma marca que estava para fechar mas vimos renascer no nome de uma filha, uma história muito mais forte surgia”, recorda Rose.
Renovo na crise
“Somos uma das poucas empresas que está saindo da crise melhor do que entrou”. A afirmação de Rose Guareschi se explica pela disposição para empreender em qualquer situação. A partir de 2014, o grupo fez um planejamento, adotou uma estratégia de branding e unificou as três marcas que tinha (Julietto, Bom de festas e Qin Xian). Até 2018, foram demolidas e reconstruídas dez lojas que passaram a ter um único padrão, harmonizado, com sutis diferenças de azul entre as operações.
Neste período, o grupo partiu para a sede própria, assumindo um financiamento bancário que permitiu mudar de uma loja de 180 m2, em Boa Viagem para uma de 615 m2, na Imbiribeira. “Não fiquei parada na crise. Criamos. Antes era tudo de forma intuitiva, agora buscamos consultorias para quase tudo. Se errarmos, estamos conscientes”, observa.
A nova casa é maior é mais econômica, usa energia solar e reaproveita a água. O escritório mais amplo, abriga a contabilidade, o setor de Recursos Humano e sala de treinamento. “Em épocas de dificuldades temos que investir em projetos novos. Quando se renova uma loja, você se renova e ganha força para lutar contra a crise. Se você se recolher, fica pequeno”, ensina Rose Guareschi.
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