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Supermercados com self-checkout
Dois estabelecimentos com modelo de operação de caixa inédito no Recife estão em funcionamento em Boa Viagem, tido como um bairro pioneiro
Patrícia Monteiro
Especial para o Diario
patricia.monteiro@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 16/08/2019 03:00
Por suas peculiaridades, para muitos Boa Viagem é praticamente uma cidade. Um local onde pioneirismos e exclusividades se acumulam. Um exemplo: somente lá, em todo o Recife, alguns supermercados implementaram um novo modelo de vivência de compras, o self-checkout. Trata-se de uma modalidade de compras caracterizada pela ausência de operadores de caixa, de forma que o próprio cliente opera o registro e pagamento dos itens. Há pouco mais de um mês um estabelecimento localizado na Avenida Domingos Ferreira, o Zeppelin, inaugurou com dois dos seis terminais neste formato. Ontem, ao abrir as portas com sua nova bandeira, o Big Bompreço levou para sua unidade do bairro seis caixas com esta característica.
O Zeppellin, pioneiro na proposta, é um espaço com 500 metros quadrados e que gerou 70 vagas diretas de emprego. O objetivo da empresa ao implementar o procedimento, segundo Agenor Moraes, um dos quatro sócios, é oferecer praticidade, serviço e inovação. Advogado, produtor e músico, Agenor utiliza-se da sua experiência internacional para auxiliar na gestão desta novidade. Conta que há 15 anos, na Dinamarca, deparou-se pela primeira vez com esta opção e que há dois anos, quando começou o projeto do supermercado, o grupo pensou na proposta.
“Fomos os pioneiros quando ninguém ainda falava nisso. Acredito que esta demora em acontecer aqui talvez deva-se a um certo conservadorismo da clientela local”, afirma. Este foi o motivo de, por exemplo, o Zeppellin não ter 100% de caixas neste formato. “Achávamos que seria um desafio muito grande quebrar este estigma de uma forma tão chocante. Depois, iríamos ‘nichar’ demais o serviço para um público muito segmentado. Os mais conservadores ou idosos talvez ficassem envergonhados, receosos ou confusos ao utilizar o serviço e não viriam para cá. Então, optamos por dar a possibilidade de uma experiência diferenciada para um público mais antenado, jovem, mas sem deixar de ofertar a oportunidade para o conservador comprar algo mais diferenciado ou fazer sua feira de reposição”, ressalta.
Agenor conta que, por enquanto, não recebe reclamações nem há filas. A procura por esta opção, entretanto, ainda é tímida (apenas 20% da clientela). Até porque o funcionamento ainda está em fase de adaptação. Não há, por exemplo, possibilidade de pagamento em dinheiro. Além disso, há entraves em registrar itens por peso como frutas, legumes ou verduras. Outra restrição é relativa a engradados ou pacotes com vários itens já que eles só podem passar individualmente pelo leitor. Alguns clientes, contudo, já aprovam a experiência, tal qual a servidora pública Maria Eugênia Gontijo, 50. “Já havia utilizado estes terminais em outros locais onde morei como França e Rio de Janeiro. Então, foi tudo prático e tranquilo”, relata.
Sobre a ampliação dos terminais, Agenor é cauteloso. “Ainda estamos prototipando. Se der certo, mesmo, vamos ampliar. Nosso objetivo é, inclusive, fazer uma loja 100% autônoma. Afinal, a tendência do mundo é o autoatendimento”, explica. Os sócios não falam sobre investimentos na ferramenta, mas informaram que cada máquina custa entre R$ 30 mil e R$ 35 mil reais.
A loja Big Bompreço de Boa Viagem, que reabriu as portas ontem com esta nova bandeira, traz esta inovação, além do nome. No local, há seis terminais cujo objetivo é reduzir o tempo de fila para pagamento. “O autoatendimento faz parte dos novos hábitos de consumo no varejo. Por isso, precisamos cada vez mais oferecer formas diferentes de aumentar o poder de decisão dos consumidores sobre como preferem ser atendidos” , destaca Bernardo Perloiro, vice-presidente de Operações, Comercial e Marketing do Grupo Big.
Lá, funcionários convidam os clientes a utilizarem as máquinas por meio de comunicados feitos por mensagem via SMS, enviada por tecnologia de geolocalização, e de forma presencial com promotores. O self-checkout é configurado em português, inglês e espanhol e composto por três divisões: base de apoio para produtos, leitor de código de barras com tela de informações e área de empacotamento de mercadorias. As áreas dos caixas rápidos de autoatendimento também contam com o apoio de um funcionário para situações de erros ou dúvidas.
O registro e pagamento acontecem da seguinte forma: primeiro, recolhem-se os itens do carrinho e da base de apoio para produtos. Depois, estes são registrados através do scanner, isoladamente. Para frutas e verduras, o cliente seleciona na tela o nome do produto que está sendo comprado e o pesa na balança, localizada na parte central do equipamento. Em seguida, os produtos são colocados na área de empacotamento. Ao finalizar a transação, é emitido o cupom fiscal, no qual é impresso um QR Code apresentado na saída da área de autoatendimento.
O Zeppellin, pioneiro na proposta, é um espaço com 500 metros quadrados e que gerou 70 vagas diretas de emprego. O objetivo da empresa ao implementar o procedimento, segundo Agenor Moraes, um dos quatro sócios, é oferecer praticidade, serviço e inovação. Advogado, produtor e músico, Agenor utiliza-se da sua experiência internacional para auxiliar na gestão desta novidade. Conta que há 15 anos, na Dinamarca, deparou-se pela primeira vez com esta opção e que há dois anos, quando começou o projeto do supermercado, o grupo pensou na proposta.
“Fomos os pioneiros quando ninguém ainda falava nisso. Acredito que esta demora em acontecer aqui talvez deva-se a um certo conservadorismo da clientela local”, afirma. Este foi o motivo de, por exemplo, o Zeppellin não ter 100% de caixas neste formato. “Achávamos que seria um desafio muito grande quebrar este estigma de uma forma tão chocante. Depois, iríamos ‘nichar’ demais o serviço para um público muito segmentado. Os mais conservadores ou idosos talvez ficassem envergonhados, receosos ou confusos ao utilizar o serviço e não viriam para cá. Então, optamos por dar a possibilidade de uma experiência diferenciada para um público mais antenado, jovem, mas sem deixar de ofertar a oportunidade para o conservador comprar algo mais diferenciado ou fazer sua feira de reposição”, ressalta.
Agenor conta que, por enquanto, não recebe reclamações nem há filas. A procura por esta opção, entretanto, ainda é tímida (apenas 20% da clientela). Até porque o funcionamento ainda está em fase de adaptação. Não há, por exemplo, possibilidade de pagamento em dinheiro. Além disso, há entraves em registrar itens por peso como frutas, legumes ou verduras. Outra restrição é relativa a engradados ou pacotes com vários itens já que eles só podem passar individualmente pelo leitor. Alguns clientes, contudo, já aprovam a experiência, tal qual a servidora pública Maria Eugênia Gontijo, 50. “Já havia utilizado estes terminais em outros locais onde morei como França e Rio de Janeiro. Então, foi tudo prático e tranquilo”, relata.
Sobre a ampliação dos terminais, Agenor é cauteloso. “Ainda estamos prototipando. Se der certo, mesmo, vamos ampliar. Nosso objetivo é, inclusive, fazer uma loja 100% autônoma. Afinal, a tendência do mundo é o autoatendimento”, explica. Os sócios não falam sobre investimentos na ferramenta, mas informaram que cada máquina custa entre R$ 30 mil e R$ 35 mil reais.
A loja Big Bompreço de Boa Viagem, que reabriu as portas ontem com esta nova bandeira, traz esta inovação, além do nome. No local, há seis terminais cujo objetivo é reduzir o tempo de fila para pagamento. “O autoatendimento faz parte dos novos hábitos de consumo no varejo. Por isso, precisamos cada vez mais oferecer formas diferentes de aumentar o poder de decisão dos consumidores sobre como preferem ser atendidos” , destaca Bernardo Perloiro, vice-presidente de Operações, Comercial e Marketing do Grupo Big.
Lá, funcionários convidam os clientes a utilizarem as máquinas por meio de comunicados feitos por mensagem via SMS, enviada por tecnologia de geolocalização, e de forma presencial com promotores. O self-checkout é configurado em português, inglês e espanhol e composto por três divisões: base de apoio para produtos, leitor de código de barras com tela de informações e área de empacotamento de mercadorias. As áreas dos caixas rápidos de autoatendimento também contam com o apoio de um funcionário para situações de erros ou dúvidas.
O registro e pagamento acontecem da seguinte forma: primeiro, recolhem-se os itens do carrinho e da base de apoio para produtos. Depois, estes são registrados através do scanner, isoladamente. Para frutas e verduras, o cliente seleciona na tela o nome do produto que está sendo comprado e o pesa na balança, localizada na parte central do equipamento. Em seguida, os produtos são colocados na área de empacotamento. Ao finalizar a transação, é emitido o cupom fiscal, no qual é impresso um QR Code apresentado na saída da área de autoatendimento.