O economista Jorge Jatobá, diretor da Ceplan Consultoria, ex-secretário da Fazenda de Pernambuco, vê a criação do Conselho Fiscal com bons olhos. “É uma medida criativa, tenta corresponsabilizar todos os entes da Federação e dos poderes pelo gasto público. Hoje a União é responsável pelo gasto. Outros entes como estados, municípios e Legislativo gastam e vão pedir dinheiro. A responsabilidade conjunta leva todos os entes a participar das decisões que têm a ver com gasto fiscal”, observa. Para ele, o Conselho é de altíssimo nível e dissemina a responsabilidade fiscal a todos os poderes e entes da República.

Jatobá também considera muito interessante a PEC que propõe a desindexação e dispara um gatilho se for quebrada a regra de ouro, levando ao pedido de dinheiro para despesas correntes. “A política fiscal é muito rígida, 94% são despesas obrigatórias, sobra pouco para ajustes e termina o estado não investindo porque está sufocado”, afirma, acrescentando que as PECs serão um grande teste para o Congresso.