por Rochelli Dantas
Publicação: 18/04/2020 03:00
Técnicos do Ministério da Economia se reuniram, via vídeo, com representantes do setor sucroalcooleiro na última quinta-feira. Os empresários relataram, entre outros pontos, a queda de mais de 40% na demanda pelo etanol, fator que ocorreu juntamente com mais de 50% da queda nas bolsas que fixam preços do petróleo. Para minimizar os efeitos, o pleito inclui medidas fiscais, como a suspensão por 120 dias das taxas de PIS e Cofins incidentes sobre o etanol e a alteração da Cide da gasolina, para que haja um colchão de amortecimento e equilíbrio da competitividade entre gasolina e etanol.
O setor tinha expectativa de esmagar nesta safra 650 milhões de toneladas de cana no Brasil, com produção de cerca de 38,9 milhões de toneladas de açúcar e 31 bilhões de litros de etanol. O Nordeste responde por cerca de 2,3 bilhões de litros desta produção. “Já enfrentamos uma desorganização. O Nordeste está na entressafra, mas o Centro/Sul está em moagem. Sem vender, eles irão gerar estoques. Por aqui, já estamos com estoques da safra que acabou de encerra”, diz o presidente do Sindaçúcar/PE, Renato Cunha. Os pleitos foram postos à mesa, mas sem grandes promessas. Os técnicos do governo federal ficaram de criar estudos e cenários a serem discutidos. Essa, aliás, tem sido a postura do Ministério da Economia. Em recente reunião com representantes da Federação das Indústrias do país, o ministro Paulo Guedes prometeu avaliar os cenários e anunciar medidas de socorro. Mas, até agora, nada.
Talvez esse aí seja, inclusive, o maior desafio do enfrentamento, porque o que vem sendo praticado é bem diferente. Economia e saúde precisam andar juntos e não como rivais. O caos na saúde já é realidade. O ônus para a economia, também. São fatos. Ainda que, hipoteticamente, os governadores recuem hoje das medidas de isolamento social que priorizam a saúde, o governo federal precisa apresentar medidas para tratar o problema econômico que já existe. É emergencial. No âmbito da União, o presidente já deixou claro que não há prioridade pela saúde. Mas se a prioridade é o emprego, cadê o plano estratégico da economia para contra-atacar ao caos que já é realidade? Em estudo? Essa é a grande questão que precisa ser respondida.
Compra direta...
Levantamento da AD Diper para formar o custo dos kits de gêneros alimentícios in natura e processados do Programa Compra Local verificou que, nos supermercados, os 13 itens que formam a cesta de produtos da terra custam R$ 85, em média. O governo inicia o chamamento público com o aporte de R$ 1 milhão para doar esses alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade social.
...amplia doações
Como a compra será feita a pequenos produtores rurais selecionados e credenciados a partir de cooperativas e associações, sem atravessadores, a Agência vai pagar R$ 50 por cada conjunto de produtos. Isso eleva o número de aquisições para 20 mil. Com o preço trabalhado nos supermercados, menos de 12 mil famílias seriam atendidas.
18 // Novo momento
O setor imobiliário vive um novo movimento. Nos últimos 30 dias, a procura de investidores aumentou para negociações. Na Zaidan Imóveis, por exemplo, no período, 18 clientes procuraram os corretores com demanda. São dois perfis. O primeiro, clientes que tinham aplicações na bolsa de valores e gostariam de investir em imóveis. O segundo, investidores do mercado de luxo e que agora buscam por flats ou apartamentos mais compactos como investimento.
Mercado e doação
A Marie Mercié iniciou há duas semanas a produção de máscaras de algodão. Com a fábrica operando com 50% dos funcionários, para respeitar as regras de isolamento, a capacidade de produção é de 35 mil máscaras por semana. Deste total, dez mil são doadas a instituições.
Eficiência e economia
O aplicativo pernambucano Colher de Chá tem registrado uma crescente no uso da ferramenta “Lista de Compras”. É que no app o usuário pode montar o seu cardápio semanal, escolhendo entre as 1,5 mil receitas, selecionar a quantidade de porções, e a lista global para todos os preparos é gerada. As desenvolvedoras calculam uma economia de 35% no valor das compras.
Delloite no circuito
O governo do estado vai contar com o apoio da Consultoria Deloitte para planejar a retomada da atividade econômica. A primeira ação será coletar experiências bem-sucedidas em outros estados e países, no que diz respeito às medidas que reduzam os danos no setor produtivo. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, está à frente do acordo.
O setor tinha expectativa de esmagar nesta safra 650 milhões de toneladas de cana no Brasil, com produção de cerca de 38,9 milhões de toneladas de açúcar e 31 bilhões de litros de etanol. O Nordeste responde por cerca de 2,3 bilhões de litros desta produção. “Já enfrentamos uma desorganização. O Nordeste está na entressafra, mas o Centro/Sul está em moagem. Sem vender, eles irão gerar estoques. Por aqui, já estamos com estoques da safra que acabou de encerra”, diz o presidente do Sindaçúcar/PE, Renato Cunha. Os pleitos foram postos à mesa, mas sem grandes promessas. Os técnicos do governo federal ficaram de criar estudos e cenários a serem discutidos. Essa, aliás, tem sido a postura do Ministério da Economia. Em recente reunião com representantes da Federação das Indústrias do país, o ministro Paulo Guedes prometeu avaliar os cenários e anunciar medidas de socorro. Mas, até agora, nada.
Talvez esse aí seja, inclusive, o maior desafio do enfrentamento, porque o que vem sendo praticado é bem diferente. Economia e saúde precisam andar juntos e não como rivais. O caos na saúde já é realidade. O ônus para a economia, também. São fatos. Ainda que, hipoteticamente, os governadores recuem hoje das medidas de isolamento social que priorizam a saúde, o governo federal precisa apresentar medidas para tratar o problema econômico que já existe. É emergencial. No âmbito da União, o presidente já deixou claro que não há prioridade pela saúde. Mas se a prioridade é o emprego, cadê o plano estratégico da economia para contra-atacar ao caos que já é realidade? Em estudo? Essa é a grande questão que precisa ser respondida.
Compra direta...
Levantamento da AD Diper para formar o custo dos kits de gêneros alimentícios in natura e processados do Programa Compra Local verificou que, nos supermercados, os 13 itens que formam a cesta de produtos da terra custam R$ 85, em média. O governo inicia o chamamento público com o aporte de R$ 1 milhão para doar esses alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade social.
...amplia doações
Como a compra será feita a pequenos produtores rurais selecionados e credenciados a partir de cooperativas e associações, sem atravessadores, a Agência vai pagar R$ 50 por cada conjunto de produtos. Isso eleva o número de aquisições para 20 mil. Com o preço trabalhado nos supermercados, menos de 12 mil famílias seriam atendidas.
18 // Novo momento
O setor imobiliário vive um novo movimento. Nos últimos 30 dias, a procura de investidores aumentou para negociações. Na Zaidan Imóveis, por exemplo, no período, 18 clientes procuraram os corretores com demanda. São dois perfis. O primeiro, clientes que tinham aplicações na bolsa de valores e gostariam de investir em imóveis. O segundo, investidores do mercado de luxo e que agora buscam por flats ou apartamentos mais compactos como investimento.
Mercado e doação
A Marie Mercié iniciou há duas semanas a produção de máscaras de algodão. Com a fábrica operando com 50% dos funcionários, para respeitar as regras de isolamento, a capacidade de produção é de 35 mil máscaras por semana. Deste total, dez mil são doadas a instituições.
Eficiência e economia
O aplicativo pernambucano Colher de Chá tem registrado uma crescente no uso da ferramenta “Lista de Compras”. É que no app o usuário pode montar o seu cardápio semanal, escolhendo entre as 1,5 mil receitas, selecionar a quantidade de porções, e a lista global para todos os preparos é gerada. As desenvolvedoras calculam uma economia de 35% no valor das compras.
Delloite no circuito
O governo do estado vai contar com o apoio da Consultoria Deloitte para planejar a retomada da atividade econômica. A primeira ação será coletar experiências bem-sucedidas em outros estados e países, no que diz respeito às medidas que reduzam os danos no setor produtivo. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, está à frente do acordo.