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Ciclo de cultivo do tambaqui diminui de 12 para 9 meses
Experimento foi realizado com sucesso por pesquisadores da Embrapa em tanques-rede, que podem ser montados em rios federais, como o São Francisco
Publicação: 22/05/2023 03:00
A criação do tambaqui, espécie nativa mais produzida no Brasil, tende a melhorar. Estudo realizado em Palmas (Tocantins), mas que pode ser desenvolvido em outras localidades do país, como Pernambuco, encurtou o tempo do ciclo de cultivo da espécie. A média do ciclo é de 12 meses e os pesquisadores da Embrapa reduziram para 9. Ao mesmo tempo, o estudo em tanques-rede diminui de 2 kg para 1,74 kg a quantidade de ração necessária para um tambaqui ganhar 1 kg de peso.
Segundo os especialistas na área, as melhoras nos índices sinalizam para o aprimoramento da criação de tambaqui no sistema tanque-rede, ainda pouco utilizado na aquicultura e com grande potencial de crescimento no país devido ao grande número dos reservatórios de hidrelétricas em rios da União. Entre estes, o Rio São Francisco, no qual, em Pernambuco, já se cultiva a tilápia em grande escala no município de Jatobá.
Além das melhorias nos índices chamados zootécnicos, que demostraram que o tambaqui cresceu de maneira mais eficiente e em menos tempo, a pesquisa da Embrapa mostrou que o cultivo em tanque-rede se mostrou economicamente favorável para o criador. A conclusão do estudo foi de que, quando consegue vender sua produção diretamente ao consumidor, mesmo no cenário de menor valor pago, o piscicultor da Associação Bom Peixe, em Palmas, não tem prejuízo financeiro.
A pesquisadora Flávia Tavares de Matos esclarece que o produtor precisa fazer alguns ajustes no manejo para obter os resultados do experimento. “Primeiramente, ele tem que adotar a densidade de estocagem que a Embrapa recomenda nas três diferentes fases. Para isso, o piscicultor deve organizar um cultivo trifásico”, detalha.
O protocolo elaborado pela Embrapa detalha cada fase. A primeira delas corresponde aos alevinos (animais jovens) de 50 a 200 gramas. A segunda fase engloba os alevinos com peso entre 200 e 500 gramas, enquanto a terceira com peixes de 500 g a 1 kg. A orientação quanto à estocagem é usar tanques de 48 metros cúbicos (com medidas de 4 m X 4 m X 3 m) sob densidades de, respectivamente, 24 kg por metro cúbico na primeira fase, 32 kg por metro cúbico na segunda e, na terceira fase, 40 kg por metro cúbico.
Tavares recomenda que a cada mudança de fase, o produtor faça a classificação dos peixes em pequenos, médios e grandes e adote a densidade de estocagem que a Embrapa preconiza para cada grupo. Essa separação por tamanho, e os resultados das biometrias mensais, é fundamental para que a densidade de estocagem seja ajustada e para que não ocorra competição entre os animais quando estiverem se alimentando. A consequência é que os lotes ficam mais homogêneos e comercialmente mais atrativos. (Da Redação com Agência Embrapa)
Segundo os especialistas na área, as melhoras nos índices sinalizam para o aprimoramento da criação de tambaqui no sistema tanque-rede, ainda pouco utilizado na aquicultura e com grande potencial de crescimento no país devido ao grande número dos reservatórios de hidrelétricas em rios da União. Entre estes, o Rio São Francisco, no qual, em Pernambuco, já se cultiva a tilápia em grande escala no município de Jatobá.
Além das melhorias nos índices chamados zootécnicos, que demostraram que o tambaqui cresceu de maneira mais eficiente e em menos tempo, a pesquisa da Embrapa mostrou que o cultivo em tanque-rede se mostrou economicamente favorável para o criador. A conclusão do estudo foi de que, quando consegue vender sua produção diretamente ao consumidor, mesmo no cenário de menor valor pago, o piscicultor da Associação Bom Peixe, em Palmas, não tem prejuízo financeiro.
A pesquisadora Flávia Tavares de Matos esclarece que o produtor precisa fazer alguns ajustes no manejo para obter os resultados do experimento. “Primeiramente, ele tem que adotar a densidade de estocagem que a Embrapa recomenda nas três diferentes fases. Para isso, o piscicultor deve organizar um cultivo trifásico”, detalha.
O protocolo elaborado pela Embrapa detalha cada fase. A primeira delas corresponde aos alevinos (animais jovens) de 50 a 200 gramas. A segunda fase engloba os alevinos com peso entre 200 e 500 gramas, enquanto a terceira com peixes de 500 g a 1 kg. A orientação quanto à estocagem é usar tanques de 48 metros cúbicos (com medidas de 4 m X 4 m X 3 m) sob densidades de, respectivamente, 24 kg por metro cúbico na primeira fase, 32 kg por metro cúbico na segunda e, na terceira fase, 40 kg por metro cúbico.
Tavares recomenda que a cada mudança de fase, o produtor faça a classificação dos peixes em pequenos, médios e grandes e adote a densidade de estocagem que a Embrapa preconiza para cada grupo. Essa separação por tamanho, e os resultados das biometrias mensais, é fundamental para que a densidade de estocagem seja ajustada e para que não ocorra competição entre os animais quando estiverem se alimentando. A consequência é que os lotes ficam mais homogêneos e comercialmente mais atrativos. (Da Redação com Agência Embrapa)
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