PE: produção industrial tem queda de 2,6%
Segundo IBGE, recuo em setembro foi um dos mais significativos no país no último mês, atrás apenas de Ceará (-4,5%) e Amazonas (-3,1%)
Thatiany Lucena
Publicação: 08/11/2024 03:00
A produção industrial em Pernambuco apresentou queda de 2,6% em setembro, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) regional, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A indústria pernambucana foi impactada principalmente pelo recuo nos setores de manufatura de bens de transporte e de veículos automotores.
No mês de setembro, a produção industrial nacional variou 1,1% em relação a agosto. Já na série com ajuste sazonal, sete dos 15 locais analisados apresentaram taxas positivas. Além de Pernambuco, que obteve um recuo de -2,6%, outros estados que apresentaram quedas significativas foram o Ceará (-4,5%) e Amazonas (-3,1%).
Por outro lado, segundo o levantamento, os avanços mais acentuados foram no Espírito Santo (2,4%), Goiás (2,4%), Santa Catarina (2,3%) e Rio Grande do Sul (1,9%).
VARIÁVEIS
De acordo com o economista Sandro Prado, uma combinação de variáveis econômicas e setoriais no cenário pernambucano explicam a desaceleração, especialmente no setor de manufatura de bens de transporte e veículos automotores, que impactou significativamente os números de setembro.
“A economia pernambucana possui uma indústria que depende, em sua maioria, da importação de componentes e insumos. Esse aspecto expõe as indústrias locais à volatilidade cambial. Com a desvalorização significativa do real, houve o aumento dos custos operacionais e de produção, especialmente em setores como o automotivo e de bens de transporte”, aponta Prado.
De acordo com ele, esse impacto é expressivo em Pernambuco, onde a infraestrutura e a logística ainda apresentam limitações, elevando o custo final dos produtos. Essa alta dos custos de insumos dificultou a retomada consistente da produção industrial.
No mês de setembro, a produção industrial nacional variou 1,1% em relação a agosto. Já na série com ajuste sazonal, sete dos 15 locais analisados apresentaram taxas positivas. Além de Pernambuco, que obteve um recuo de -2,6%, outros estados que apresentaram quedas significativas foram o Ceará (-4,5%) e Amazonas (-3,1%).
Por outro lado, segundo o levantamento, os avanços mais acentuados foram no Espírito Santo (2,4%), Goiás (2,4%), Santa Catarina (2,3%) e Rio Grande do Sul (1,9%).
VARIÁVEIS
De acordo com o economista Sandro Prado, uma combinação de variáveis econômicas e setoriais no cenário pernambucano explicam a desaceleração, especialmente no setor de manufatura de bens de transporte e veículos automotores, que impactou significativamente os números de setembro.
“A economia pernambucana possui uma indústria que depende, em sua maioria, da importação de componentes e insumos. Esse aspecto expõe as indústrias locais à volatilidade cambial. Com a desvalorização significativa do real, houve o aumento dos custos operacionais e de produção, especialmente em setores como o automotivo e de bens de transporte”, aponta Prado.
De acordo com ele, esse impacto é expressivo em Pernambuco, onde a infraestrutura e a logística ainda apresentam limitações, elevando o custo final dos produtos. Essa alta dos custos de insumos dificultou a retomada consistente da produção industrial.