Regras do Pix mudam a partir de hoje
Com a mudança, celulares e computadores não cadastrados pelo usuário terão limites de R$ 200 por transação e de R$ 1 mil por dia
Thatiany Lucena
Publicação: 01/11/2024 03:00
O Pix terá regras mais rígidas, a partir de hoje. As transferências de mais de R$ 200 só poderão ser feitas através de um dispositivo (celular ou computador) que já tenha sido cadastrado pelo cliente da instituição financeira. Por dia, o limite passa a ser de R$ 1 mil para dispositivos não cadastrados.
As novas regras passam a valer com o objetivo de garantir maior segurança nas transações dos clientes e evitar fraudes. A exigência de cadastro valerá apenas para celulares ou computadores que nunca tenham sido utilizados para transferências via Pix. Para os dispositivos atuais, não haverá mudanças.
A especialista em direito bancário, Luciana Martins, destaca que essas medidas irão dificultar as ações dos golpistas. “Os bancos vão passar a monitorar de perto se há alguma fraude. Os criminosos vão ser pegos e a chave pix vai ter uma uma marcação de fraude. Além desse monitoramento, os bancos podem chegar a bloquear essa chave pix por causa de algum tipo de atuação suspeita”, destaca.
Ainda de acordo com Luciana essa mudança de diminuição do valor desse tipo de transação veio para aumentar a segurança. “O fraudador que utiliza de engenharia social, por exemplo, e pega a senha do usuário por meio de fraude e finge ser o correntista em outro computador ou em outro celular, ele terá esse limite”, aponta.
Em paralelo, os bancos terão que melhorar as tecnologias de segurança para identificar ações suspeitas ou incompatíveis com o perfil do cliente, com base nas informações de segurança armazenadas no Banco Central.
Outra medida é que os bancos terão que conscientizar os clientes, por meio de um canal de amplo acesso, os cuidados necessários para evitar fraudes. Elas também deverão verificar se os clientes têm marcações de fraude nos sistemas do BC. Essas medidas permitirão que as instituições financeiras tomem ações específicas em caso de transações suspeitas. Inclusive, permitindo que em caso de comprovação de fraude, as instituições possam encerrar o relacionamento com o usuário.