Estados do NE entre maiores taxas do PIB Pesquisa do Banco do Brasil aponta que a economia na região Nordeste cresceu 3,8% no ano passado, enquanto o Brasil registrou alta de 3,5%

Thatiany Lucena

Publicação: 09/01/2025 03:00

A Paraíba e o Rio Grande do Norte alcançaram posições de destaque (1º e 2º) na economia em 2024. De acordo com pesquisa realizada pelo Banco do Brasil, os estados tiveram alta de 6,6% e 6,1%, respectivamente, no Produto Interno Bruno (PIB) em 2024. O Ceará aparece em 11º lugar, com alta de 3,9%, seguido por Pernambuco, Maranhão, Piauí e Sergipe (3,6%), acima da média nacional (3,5%). Já Alagoas e Bahia registraram, na ordem, 3,1% e 2,9%.

No grupo dos 10 maiores estados com crescimento econômico registrado na Resenha Regional do Banco do Brasi também estão presentes os estados do Norte, Sudeste e do Centro-Oeste: Tocantins (6,0%), Amapá (5,8%), Espírito Santo (5,3%), Amazonas (5,2%%), Distrito Federal (5,1%), Pará (4,8%), Roraima (4,6%) e Acre (4,4%).

O documento apontou que todos os indicadores da economia nordestina mantiveram resultados acima da média alcançada pelo país. Na indústria, o Nordeste alcançou 3,4%, superior aos 3,3% do Brasil. No setor de serviços, a diferença foi maior a favor da região: 4% contra 3,6%.

SERVIÇOS
De acordo com o economista e sócio-diretor da PPK Consultoria, João Rogério Filho, por ter um impacto muito forte na economia global, o setor de serviços foi responsável por elevar a economia nas regiões Norte e Nordeste.

“A característica dos estados nessas duas regiões é de uma dependência bem menor da atividade primária (agropecuária). Isso faz com que eles passem a depender mais ou terem a sua base econômica mais fundada no setor terciário, no segmento de serviços, e esse sendo realmente algo que tem um impacto muito forte na economia global e na economia brasileira como um todo, representando mais de 70% da economia brasileira”, afirma.

Além disso, o levantamento mostra que a agropecuária obteve retração em quase todas as regiões brasileiras, com exceção da região Norte, com média de 3,8%.