Guerra comercial entre EUA e China afeta Brasil
Medidas devem refletir na desaceleração da economia global, mas também podem beneficiar o Brasil com a exportação de produtos agrícolas para chineses
Thatiany Lucena
Publicação: 05/02/2025 03:00
Como resposta à taxação adicional de 10%, aplicada pelos Estados Unidos aos produtos da China, que entrou em vigor ontem, o país asiático anunciou alta de 15% nas tarifas sobre carvão e gás natural liquefeito e elevou em 10% as que incidem sobre produtos norte-americanos, como petróleo bruto, automóveis e máquinas. Nesse cenário, de acordo com economistas, o Brasil pode estreitar laços comerciais com a China, aumentando a exportação de petróleo e produtos agrícolas; em nível global, as medidas devem trazer consequências como o aumento do custo de vida e alta na inflação.
Enquanto isso, a aplicação do aumento de tarifa em 25% foi suspensa no México e no Canadá com o acordo de pausa de 30 dias para a negociação em troca do controle de fronteiras nos países. De acordo com o economista Marcelo Barros, professor da Universidade de Pernambuco (UPE), da mesma forma que ocorreu com esses países, deve ocorrer uma negociação também para suspender essa alíquota. “Eu acho que, na verdade, Trump está usando essa questão de aumentar as taxas para forçar uma negociação com esses países”, aponta.
De acordo com Marcelo Barros, essa é uma guerra em que todos os lados podem perder. “Tanto perde os Estados Unidos, como perde a China e o mundo. O que está prestes a acontecer é voltar um pouco a fita e a gente entrar em um período onde os países levantavam barreiras para proteger sua indústria e isso vai gerar consequências muito ruins para o mundo, porque possivelmente ocorrerá um aumento do custo de vida e inflação para o mundo inteiro”, destaca. Segundo ele, a possível guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais, Estados Unidos e China, deve elevar o preço interno nos dois países.
Ele analisa ainda que, com a possível dificuldade no fluxo de comércio entre os países e o reflexo na inflação, isso pode pressionar o Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), a aumentar a taxa de juros. “Isso vai dificultar o crescimento econômico dos Estados Unidos e do mundo”, afirma.
BRASIL PODE SE BENEFICIAR
O economista Sandro Prado indica que o Brasil pode se beneficiar das tensões comerciais entre os EUA e a China. “Produtos agrícolas, como soja e carne, podem encontrar maior demanda no mercado chinês, caso as tarifas sobre produtos americanos tornem esses itens menos competitivos. Porém, é necessário cautela, pois a dependência de um único mercado pode representar riscos diante de mudanças nas políticas comerciais americanas e chinesas.”
Enquanto isso, a aplicação do aumento de tarifa em 25% foi suspensa no México e no Canadá com o acordo de pausa de 30 dias para a negociação em troca do controle de fronteiras nos países. De acordo com o economista Marcelo Barros, professor da Universidade de Pernambuco (UPE), da mesma forma que ocorreu com esses países, deve ocorrer uma negociação também para suspender essa alíquota. “Eu acho que, na verdade, Trump está usando essa questão de aumentar as taxas para forçar uma negociação com esses países”, aponta.
De acordo com Marcelo Barros, essa é uma guerra em que todos os lados podem perder. “Tanto perde os Estados Unidos, como perde a China e o mundo. O que está prestes a acontecer é voltar um pouco a fita e a gente entrar em um período onde os países levantavam barreiras para proteger sua indústria e isso vai gerar consequências muito ruins para o mundo, porque possivelmente ocorrerá um aumento do custo de vida e inflação para o mundo inteiro”, destaca. Segundo ele, a possível guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais, Estados Unidos e China, deve elevar o preço interno nos dois países.
Ele analisa ainda que, com a possível dificuldade no fluxo de comércio entre os países e o reflexo na inflação, isso pode pressionar o Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), a aumentar a taxa de juros. “Isso vai dificultar o crescimento econômico dos Estados Unidos e do mundo”, afirma.
BRASIL PODE SE BENEFICIAR
O economista Sandro Prado indica que o Brasil pode se beneficiar das tensões comerciais entre os EUA e a China. “Produtos agrícolas, como soja e carne, podem encontrar maior demanda no mercado chinês, caso as tarifas sobre produtos americanos tornem esses itens menos competitivos. Porém, é necessário cautela, pois a dependência de um único mercado pode representar riscos diante de mudanças nas políticas comerciais americanas e chinesas.”