Drogarias podem reajustar os preços em até 5,06% Por conta da concorrência, aumento no valor dos medicamentos pode demorar a ser sentido pelos consumidores e não deve ser passado de forma integral

Guilherme Anjos

Publicação: 01/04/2025 03:00

O novo preço máximo para remédios foi oficializado, ontem, em resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). As indústrias, drogarias e distribuidoras já podem reajustar os preços cobrados pelos produtos até o novo teto, mas as mudanças podem não ser sentidas imediatamente pelo consumidor. A taxa para este ano varia de 2,60% a 5,06%, com uma média ponderada de 3,48%.

Um aumento nos preços, porém, pode demorar para ser sentido no bolso do consumidor. “Normalmente, o reajuste não é passado integralmente porque a concorrência não permite”, afirmou o presidente executivo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini.

Isso acontece porque o preço na prateleira é de responsabilidade do vendedor, que pode alterar o valor do remédio dentro do novo limite até março de 2026, quando haverá outro reajuste. Com isso, as farmácias podem observar as estratégias das concorrentes e o comportamento do consumidor para determinar o valor cobrado, contanto que não extrapole o teto, e aplicar descontos sobre o novo  preço.

Com a publicação, os laboratórios poderão ajustar os preços da seguinte forma: 5,06% para remédios com ampla concorrência (nível 1), 3,83% para medicamentos de média concorrência (nível 2) e 2,60% para os com pouca ou nenhuma concorrência (nível 3). Os medicamentos isentos de prescrição não têm os preços controlados. (Com Estadão Conteúdo)