Tarifaço: PE tem desafio para ampliar exportações
Expansão dos mercados de ovos e fruticultura é prejudicada pela concorrência que sofre a mesma tarifação do Brasil, segundo associações destes setores
Thatiany Lucena
Publicação: 12/04/2025 03:00
O tarifaço do governo de Donald Trump tem gerado incertezas e previsões sobre janelas de oportunidades para o mercado brasileiro e pernambucano, inclusive na exportação de produtos. Diferente das opiniões de especialistas que apontaram ampliação nos setores de ovos e de fruticultura do Vale do São Francisco, associações destacam os desafios que impedem a expansão desses mercados, principalmente em relação à exportação.
Sobre a possibilidade de conquistar novos mercados, o presidente da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), José Gualberto, afirma que a “guerra comercial” não deve impactar o setor pernambucano de exportação de frutas, pois a quantidade exportada para os Estados Unidos ainda é pequena.
“A quantidade de fruta que a gente exporta para os EUA é pequena em relação a dos nossos concorrentes, que vão sofrer a mesma tarifação. No caso da manga, que é o maior volume que exportamos para a América, os nossos maiores concorrentes são Espanha, México, Equador e Peru. Para se ter uma ideia, o México exporta dez vezes mais do que o Brasil. Com isso, não vai ter vantagem nem desvantagem para nós em relação ao mercado internacional”, afirmou.
De acordo com ele, na visão dos representantes do setor, o consumidor americano é que sairá em desvantagem porque pagará mais caro. “Essa tarifa que atingiu o Brasil foi linear para todos os países e nós já tínhamos uma tarifa de 8% e agora vai a 18%. Isso aumenta o preço”.
Já de acordo com a Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), a ideia de passar a exportar ovos ainda é distante da realidade pernambucana no setor. O produto produzido aqui é consumido apenas no Nordeste por questões de logística e de validade do produto.
Outra questão destacada é a dificuldade de exportar o produto via Porto de Suape, o que acabaria encarecendo o custo transporte. Ainda segundo a Avipe, mais um desafio que impede a exportação do produto é a falta de voos diretos do Recife para alguns países, como é o caso daqueles que fazem parte do continente africano, área mais próxima e que poderia ser viável para exportação.
Sobre a possibilidade de conquistar novos mercados, o presidente da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), José Gualberto, afirma que a “guerra comercial” não deve impactar o setor pernambucano de exportação de frutas, pois a quantidade exportada para os Estados Unidos ainda é pequena.
“A quantidade de fruta que a gente exporta para os EUA é pequena em relação a dos nossos concorrentes, que vão sofrer a mesma tarifação. No caso da manga, que é o maior volume que exportamos para a América, os nossos maiores concorrentes são Espanha, México, Equador e Peru. Para se ter uma ideia, o México exporta dez vezes mais do que o Brasil. Com isso, não vai ter vantagem nem desvantagem para nós em relação ao mercado internacional”, afirmou.
De acordo com ele, na visão dos representantes do setor, o consumidor americano é que sairá em desvantagem porque pagará mais caro. “Essa tarifa que atingiu o Brasil foi linear para todos os países e nós já tínhamos uma tarifa de 8% e agora vai a 18%. Isso aumenta o preço”.
Já de acordo com a Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), a ideia de passar a exportar ovos ainda é distante da realidade pernambucana no setor. O produto produzido aqui é consumido apenas no Nordeste por questões de logística e de validade do produto.
Outra questão destacada é a dificuldade de exportar o produto via Porto de Suape, o que acabaria encarecendo o custo transporte. Ainda segundo a Avipe, mais um desafio que impede a exportação do produto é a falta de voos diretos do Recife para alguns países, como é o caso daqueles que fazem parte do continente africano, área mais próxima e que poderia ser viável para exportação.