Desemprego: taxa em PE é a maior do Brasil
Índice no estado chegou a 11,6% no primeiro trimestre deste ano. Atrás de Pernambuco estão Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) e média do Nordeste ficou em 9,8%
Thatiany Lucena
Publicação: 17/05/2025 03:00
![]() | |
Quase 500 mil pernambucanos estão sem emprego e 225 mil estão desalentados |
O desemprego em Pernambuco alcançou o índice de 11,6% no primeiro trimestre de 2025, a maior do país. Em comparação ao 4º trimestre de 2024, essa taxa ainda subiu 1,4 ponto percentual. Os dados foram divulgados, ontem, na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estado registrou 495 mil pessoas em situação de desemprego, com 45 mil a mais do que no trimestre anterior. Atrás de Pernambuco na taxa de desemprego, figuram apenas a Bahia (10,9%) e o Piauí (10,2%). Já em Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%) foram registradas as menores taxas.
Pernambuco aparece ainda com o índice abaixo do Nordeste nos últimos períodos. A média registrada na região para o primeiro trimestre de 2025 foi de 9,8% e no 4º trimestre de 2024, de 8,6%.
Segundo o levantamento, a taxa de desocupação é elevada, principalmente entre os jovens pernambucanos. Dos 14 aos 24 anos, ela chega a cerca de um quarto dessa população e diminui progressivamente, ficando menor entre idosos. De acordo com a gerente de Planejamento e Gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita Lins, esse crescimento da desocupação no primeiro trimestre do ano é sempre recorrente e histórico em todo o país e, de certa forma, reflete o encerramento dos contratos temporários de final do ano.
Outro destaque do IBGE é o número de pessoas registradas como fora da força de trabalho devido ao fenômeno do desalento. São pessoas que desistiram de procurar oportunidades diante das dificuldades enfrentadas. Em Pernambuco, cerca de 225 mil pessoas estão nessa situação, ficando em 9º lugar no ranking da população desalentada no país. No Brasil, no primeiro trimestre de 2025, a taxa de desemprego subiu para 7%. Em relação ao 4º trimestre de 2024, a taxa de desocupação cresceu em 12 das 27 Unidades da Federação.