Mercadante: Selic gera dívida e IOF gera receita
Presidente do BNDES minimizou as críticas às mudanças no imposto e defendeu revisão das medidas que possibilitem o aumento da eficiência dos gastos públicos
Publicação: 27/05/2025 03:00
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, minimizou ontem as medidas ligadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que geraram reação negativa do setor privado, e criticou o trabalho do Banco Central na coordenação da política monetária.
“Nós temos o impacto do IOF dessa medida recente, mas já tivemos IOF muito mais alto. E o IOF tem uma função de contração monetária, porque aumenta o custo do crédito. Mas a Selic gera dívida. O IOF gera receita. Diminui o problema da relação dívida/PIB na sustentabilidade”, argumentou Mercadante, durante evento Nova Indústria Brasil, em comemoração ao Dia da Indústria no BNDES, no Rio de Janeiro.
Mercadante disse estar entre os que defendem a necessidade de olhar os gastos estruturais e repensar como se aumenta a eficiência do gasto público, protegendo os que mais precisam. “Mas precisamos de uma agenda que não pode ser só do ministro da Fazenda”, comentou.
HADDAD
Também ontem no mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a equipe econômica tem até o fim da semana para decidir como compensar o que deixará de ser arrecadado. Questionado sobre o aumento do custo do crédito para empresas por conta do IOF, Haddad lembrou que as alíquotas do imposto eram mais elevadas no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
MOTTA
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou ontem o governo Lula em meio à repercussão do aumento do IOF. Em post no X, antigo Twiiter, Motta afirmou que “o Brasil não precisa de mais imposto, precisa de menos desperdício”. “O Estado não gera riqueza - consome. E quem paga essa conta é a sociedade”, afirmou. (Estadão Conteúdo)
“Nós temos o impacto do IOF dessa medida recente, mas já tivemos IOF muito mais alto. E o IOF tem uma função de contração monetária, porque aumenta o custo do crédito. Mas a Selic gera dívida. O IOF gera receita. Diminui o problema da relação dívida/PIB na sustentabilidade”, argumentou Mercadante, durante evento Nova Indústria Brasil, em comemoração ao Dia da Indústria no BNDES, no Rio de Janeiro.
Mercadante disse estar entre os que defendem a necessidade de olhar os gastos estruturais e repensar como se aumenta a eficiência do gasto público, protegendo os que mais precisam. “Mas precisamos de uma agenda que não pode ser só do ministro da Fazenda”, comentou.
HADDAD
Também ontem no mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a equipe econômica tem até o fim da semana para decidir como compensar o que deixará de ser arrecadado. Questionado sobre o aumento do custo do crédito para empresas por conta do IOF, Haddad lembrou que as alíquotas do imposto eram mais elevadas no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
MOTTA
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou ontem o governo Lula em meio à repercussão do aumento do IOF. Em post no X, antigo Twiiter, Motta afirmou que “o Brasil não precisa de mais imposto, precisa de menos desperdício”. “O Estado não gera riqueza - consome. E quem paga essa conta é a sociedade”, afirmou. (Estadão Conteúdo)