por Ecio Costa
@eciocosta
Publicação: 30/06/2025 03:00
Segundo dados da PNAD Contínua divulgados pelo IBGE, a Taxa de Desemprego recuou para 6,2%, menor da série histórica para maio, 0,4 p.p. menor em relação ao trimestre encerrado em abril (6,6%) e 0,9 p.p. frente ao mesmo período de 2024 (7,1%). O número de pessoas desocupadas foi estimado em 6,8 milhões, uma queda de 955 mil (-12,3%) em relação ao mesmo período do ano anterior.
O avanço do emprego no país tem sido sustentado pelo aumento do número de pessoas ocupadas, que atingiu 103,9 milhões, 2,5 milhões acima do observado no mesmo período de 2024. Com isso, o nível da ocupação, que representa a proporção de ocupados em relação à população em idade de trabalhar, subiu para 58,5%, 1,0 p.p. na comparação anual. Um dos destaques positivos do levantamento foi o recorde histórico no número de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,8 milhões de pessoas, representando um crescimento anual de 3,7%. A informalidade, por sua vez, recuou para 37,8% da população ocupada. Essa queda está relacionada à expansão do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ, que cresceu 8,4% em relação ao mesmo período de 2024 e pode ser consequência de um maior número de beneficiários de programas de transferência de renda.
Outro avanço relevante foi a queda no número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho por acreditarem que não encontrariam. Esse contingente caiu para 2,89 milhões, o menor desde 2016. Em termos percentuais, a redução foi de 13,1% na comparação anual. Os programas de transferência de renda também exercem um fator sobre os desalentados, pois não se sentem estimulados a procurarem por emprego, já que recebem recursos enquanto estiverem desempregados. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.457,00, com alta de 3,1% em relação ao mesmo período de 2024. A massa de rendimento real habitual, que soma os rendimentos de todos os trabalhadores, atingiu o recorde de R$ 354,6 bilhões, com crescimento de 5,8% no ano.
No recorte por setores, o único grupamento que apresentou crescimento da ocupação frente ao trimestre anterior foi o de administração pública, educação, saúde e serviços sociais (3,7%). Na comparação anual, cinco setores se destacaram com crescimento no número de ocupados: transportes (7,0%), indústria (3,9%), atividades financeiras, imobiliárias e profissionais (3,7%), comércio (3,4%) e administração pública (3,4%). Em sentido oposto, apenas a agropecuária apresentou retração no período (-3,9%).
A manutenção da Selic em 15% pelo Banco Central reflete a preocupação com o mercado de trabalho aquecido e o desemprego em queda que, juntos com as expansões fiscal e de crédito, pressionam a inflação. O aumento do emprego formal impulsiona o consumo, que não consegue ser atendido com um aumento mais lento da oferta. Os juros altos são usados para conter essa demanda, enquanto a oferta venha a se ajustar. O resultado dessa taxa de desemprego mais baixa que o esperado traz mais pressão sobre a continuidade de uma política monetária mais restritiva para combater a inflação.
O avanço do emprego no país tem sido sustentado pelo aumento do número de pessoas ocupadas, que atingiu 103,9 milhões, 2,5 milhões acima do observado no mesmo período de 2024. Com isso, o nível da ocupação, que representa a proporção de ocupados em relação à população em idade de trabalhar, subiu para 58,5%, 1,0 p.p. na comparação anual. Um dos destaques positivos do levantamento foi o recorde histórico no número de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,8 milhões de pessoas, representando um crescimento anual de 3,7%. A informalidade, por sua vez, recuou para 37,8% da população ocupada. Essa queda está relacionada à expansão do número de trabalhadores por conta própria com CNPJ, que cresceu 8,4% em relação ao mesmo período de 2024 e pode ser consequência de um maior número de beneficiários de programas de transferência de renda.
Outro avanço relevante foi a queda no número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho por acreditarem que não encontrariam. Esse contingente caiu para 2,89 milhões, o menor desde 2016. Em termos percentuais, a redução foi de 13,1% na comparação anual. Os programas de transferência de renda também exercem um fator sobre os desalentados, pois não se sentem estimulados a procurarem por emprego, já que recebem recursos enquanto estiverem desempregados. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.457,00, com alta de 3,1% em relação ao mesmo período de 2024. A massa de rendimento real habitual, que soma os rendimentos de todos os trabalhadores, atingiu o recorde de R$ 354,6 bilhões, com crescimento de 5,8% no ano.
No recorte por setores, o único grupamento que apresentou crescimento da ocupação frente ao trimestre anterior foi o de administração pública, educação, saúde e serviços sociais (3,7%). Na comparação anual, cinco setores se destacaram com crescimento no número de ocupados: transportes (7,0%), indústria (3,9%), atividades financeiras, imobiliárias e profissionais (3,7%), comércio (3,4%) e administração pública (3,4%). Em sentido oposto, apenas a agropecuária apresentou retração no período (-3,9%).
A manutenção da Selic em 15% pelo Banco Central reflete a preocupação com o mercado de trabalho aquecido e o desemprego em queda que, juntos com as expansões fiscal e de crédito, pressionam a inflação. O aumento do emprego formal impulsiona o consumo, que não consegue ser atendido com um aumento mais lento da oferta. Os juros altos são usados para conter essa demanda, enquanto a oferta venha a se ajustar. O resultado dessa taxa de desemprego mais baixa que o esperado traz mais pressão sobre a continuidade de uma política monetária mais restritiva para combater a inflação.