DIARIO ECONôMICO » Eco-Economia

por Pedro Ivo Bernardes

Publicação: 03/06/2025 03:00

O mercado de crédito de carbono, onde quem emite gases do efeito estufa compra créditos de quem não emite (ou emite menos) vem se desenvolvendo e coloca o Brasil em condições de liderar esse comércio. Mas, e o crédito de biodiversidade? Já ouviu falar? Sim, esse mercado ainda está engatinhando, mas o BNDES acaba de fazer uma chamada pública para a preservação da biodiversidade marinha dos arquipélagos de Fernando de Noronha e São Pedro e São Paulo, vinculados política e administrativamente a Pernambuco.

O orçamento total da chamada “BNDES Biodiversidade – Ilhas do Futuro, Ninhos Protegidos”, é de R$ 80 milhões, dos quais R$ 40 milhões são oriundos do Fundo Socioambiental do BNDES. O foco da iniciativa é a restauração de habitats reprodutivos de aves marinhas ameaçadas ou migratórias, em nove conjuntos de ilhas e arquipélagos. Além de São Pedro, São Paulo e Noronha, serão beneficiados o Atol das Rocas, Abrolhos, Cagarras, Alcatrazes, Tupiniquins, Ilhas dos Currais, Arvoredo e Trindade.

Cada projeto aprovado, com investimento mínimo de R$ 5 milhões, contará com financiamento de 50% do banco. As propostas podem ser apresentadas até o dia 17 de outubro, por meio do site da instituição.
 
Como funciona o crédito de biodiversidade? 
O mercado de crédito de biodiversidade, diferente do crédito de carbono que utiliza como medida a tonelada de dióxido de carbono equivalente (CO2e), não possui uma métrica padrão. O princípio, no entanto, é o mesmo: compensar o impacto ambiental na biodiversidade. Em algumas áreas dos Estados Unidos e da Inglaterra adotam como princípio a compensação “semelhante por semelhante”. No Brasil, por exemplo, isso seria compensar o desmatamento de 1 hectare de caatinga para implantação de uma usina solar por um projeto de preservação de 1 hectare do mesmo ecossistema. Não é o ideal, mas já é um começo. 
 
Catálogo de soluções
A ATI, Agência de Tecnologia da Informação do estado, lançou na última semana seu Catálogo de Soluções de Governo Digital, passando a oferecer também aos municípios as iniciativas de conectividade, segurança da informação e soluções como o SEI utilizadas pelo governo.
 
Roupa compartilhada
As 14 lojas da rede Assaí Atacadista em Pernambuco estão funcionando, até o próximo dia 15, como pontos de coleta de roupas em bom estado para doação. A campanha “Roupa a Gente Compartilha” é promovida pelo Instituto Assaí, braço social da empresa, desde 2011. 
 
Caça aos vilões do consumo de energia
A bandeira vermelha voltou neste mês de junho e, com ela, um adicional na conta de luz de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Para evitar sustos, é preciso ficar atento ao consumo consciente, como alerta a Neoenergia. Entre os vilões do consumo, dois têm mais apetite e impacto semelhante na conta de luz: o chuveiro elétrico e o ar-condicionado. Considerando o uso padrão nas residências brasileiras, cada um deles já implicaria um adicional de R$ 4,46.