por Ecio Costa
@eciocosta
Publicação: 23/06/2025 03:00
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, apontou crescimento de 0,16% em abril na comparação com março, sinalizando uma desaceleração do ritmo da economia brasileira no segundo trimestre. O resultado veio acima da mediana das expectativas de mercado, que projetava uma alta de 0,1%. A perda de fôlego já era antecipada por analistas, principalmente após o fim do impulso da agropecuária com o encerramento da safra de grãos.
No trimestre encerrado em abril, o IBC-Br avançou 1,77% frente aos três meses anteriores. Em relação a abril de 2024, o crescimento foi de 2,46% e no acumulado de 12 meses, a expansão foi de 4,00%. Já a média móvel trimestral, que ajuda a captar tendências, cresceu 0,49%, indicando uma economia em transição para um ritmo mais moderado.
Do ponto de vista setorial, os dados reforçam essa mudança de dinâmica. A agropecuária, que havia sido o grande motor do crescimento, recuou 0,87% em abril. A indústria também apresentou retração, de 1,1%, refletindo a alta dos juros. O setor de serviços, por sua vez, registrou crescimento de 0,40% e foi o principal responsável por sustentar a atividade no mês. Ao excluir o impacto da agropecuária, o IBC-Br ainda apresentou ligeira alta de 0,10%, mostrando alguma força remanescente em outros setores da economia. Entre os destaques positivos, estão os serviços de alojamento, alimentação e plataformas de streaming, que continuam crescendo. Enquanto isso, o varejo teve desempenho negativo dentro do setor de serviços, e na indústria apenas a construção civil manteve trajetória de crescimento.
A decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central em elevar a taxa Selic para 15% ao ano, maior nível desde julho de 2006, marcou o último capítulo no esforço para controlar a inflação em um cenário de expansionismo fiscal. Esta foi a sétima alta consecutiva da taxa desde o início do atual ciclo de aperto monetário, em setembro do ano passado, e confirmou uma estratégia de política monetária contracionista diante de uma inflação resistente e alimentada pelo fiscal.
Além do combate à inflação, a elevação da Selic ocorre em meio a um debate intenso sobre a condução da política fiscal. As tentativas do governo federal de aumentar receita ao invés de reduzir despesas, somados aos programas de expansão de crédito, têm minado a eficácia da política monetária na tentativa de fazer a convergência da inflação para a meta. Por um lado, há um governo estimulando demanda com mais crédito e excesso de gastos. Do outro, um Banco Central tentando reduzir o ritmo da economia para controlar a inflação, com juros cada vez mais altos, que comprometem os investimentos produtivos e a operação das empresas.
Os dados de abril reforçam a leitura de que o segundo trimestre começou com menos força. Com o cenário em transição, as atenções do mercado se voltam agora para os efeitos dos estímulos fiscais, os aumentos de impostos e seus impactos na economia, a criação de novos programas de estímulo ao crédito impactando o consumo das famílias, a trajetória da inflação e os próximos passos da política monetária.
No trimestre encerrado em abril, o IBC-Br avançou 1,77% frente aos três meses anteriores. Em relação a abril de 2024, o crescimento foi de 2,46% e no acumulado de 12 meses, a expansão foi de 4,00%. Já a média móvel trimestral, que ajuda a captar tendências, cresceu 0,49%, indicando uma economia em transição para um ritmo mais moderado.
Do ponto de vista setorial, os dados reforçam essa mudança de dinâmica. A agropecuária, que havia sido o grande motor do crescimento, recuou 0,87% em abril. A indústria também apresentou retração, de 1,1%, refletindo a alta dos juros. O setor de serviços, por sua vez, registrou crescimento de 0,40% e foi o principal responsável por sustentar a atividade no mês. Ao excluir o impacto da agropecuária, o IBC-Br ainda apresentou ligeira alta de 0,10%, mostrando alguma força remanescente em outros setores da economia. Entre os destaques positivos, estão os serviços de alojamento, alimentação e plataformas de streaming, que continuam crescendo. Enquanto isso, o varejo teve desempenho negativo dentro do setor de serviços, e na indústria apenas a construção civil manteve trajetória de crescimento.
A decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central em elevar a taxa Selic para 15% ao ano, maior nível desde julho de 2006, marcou o último capítulo no esforço para controlar a inflação em um cenário de expansionismo fiscal. Esta foi a sétima alta consecutiva da taxa desde o início do atual ciclo de aperto monetário, em setembro do ano passado, e confirmou uma estratégia de política monetária contracionista diante de uma inflação resistente e alimentada pelo fiscal.
Além do combate à inflação, a elevação da Selic ocorre em meio a um debate intenso sobre a condução da política fiscal. As tentativas do governo federal de aumentar receita ao invés de reduzir despesas, somados aos programas de expansão de crédito, têm minado a eficácia da política monetária na tentativa de fazer a convergência da inflação para a meta. Por um lado, há um governo estimulando demanda com mais crédito e excesso de gastos. Do outro, um Banco Central tentando reduzir o ritmo da economia para controlar a inflação, com juros cada vez mais altos, que comprometem os investimentos produtivos e a operação das empresas.
Os dados de abril reforçam a leitura de que o segundo trimestre começou com menos força. Com o cenário em transição, as atenções do mercado se voltam agora para os efeitos dos estímulos fiscais, os aumentos de impostos e seus impactos na economia, a criação de novos programas de estímulo ao crédito impactando o consumo das famílias, a trajetória da inflação e os próximos passos da política monetária.