INSS: ressarcimento será em uma parcela
Governo planeja abrir lotes a cada 15 dias para fazer pagamento único a aposentados e pensionistas que foram prejudicados pela fraude
Publicação: 20/06/2025 03:00
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Waller Júnior esclareceu, porém, que não há ordem de prioridade para devoluções |
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, explicou que os ressarcimentos das vítimas pelos descontos indevidos de aposentadorias e pensões realizados nos últimos anos serão realizados em uma única parcela, com lotes a cada 15 dias, em data ainda a ser definida.
Em coletiva promovida na última quarta-feira, que também contou com a presença do advogado-geral da União, Jorge Messias, o presidente do INSS esclareceu que não haverá uma ordem de prioridade para as devoluções e que todos que estiverem na mesma situação de vítima das fraudes serão pagos “integralmente” e de uma só vez. Também ressaltou que o INSS espera realizar o pagamento o quanto antes, embora ainda não haja uma data certa para isso ocorrer.
“O planejado hoje é que só temos calendário para pagamento em lotes, a cada 15 dias, aos nossos beneficiários. Ou seja, em um único mês, dois lotes de beneficiários serão pagos, para a gente poder, cada vez mais, ressarcir, indenizar e virar a página dessa situação tão feia que acometeu o INSS, que foi acometido por esses fraudadores e esses bandidos que ali fizeram”, disse o presidente do INSS.
O INSS trabalha em três etapas para devolver os valores às vítimas, segundo o presidente do instituto. Na primeira fase, ocorrida em abril, quando estourou a crise, os valores que tradicionalmente são repassados para entidades a cada mês ficaram retidos pelo governo federal, independente de estar irregular, ou não. No total, o governo segurou cerca de R$ 292 milhões que foram devolvidos em maio e junho.
Já a segunda etapa, que ainda acontece, é quando as instituições instadas não apresentam a documentação, ou reconhecem que não têm a documentação para averiguar se está na legalidade. Nesse caso, é gerada uma guia de pagamento para o INSS, que repassa o aposentado ou pensionista.
Por fim, o terceiro momento é o pagamento dos casos em que não há resposta ou comprovação da irregularidade. Segundo o presidente do INSS, para esses casos, o governo federal deve ressarcir as vítimas em um cronograma a ser relatado e informado em breve.
“A ideia é que quanto antes pagar, melhor. O nosso aposentado e pensionista não pode ficar no prejuízo”, afirmou. (Correio Braziliense)