Os impactos da guerra na economia local
Conflito entre Israel e Irã afeta preço do petróleo, impactando no valor do frete de produtos como o tomate e pressionando a inflação
Thatiany Lucena
Publicação: 18/06/2025 03:00
A economia mundial pode sofrer ainda mais diante dos impactos recentes do conflito entre o Irã e Israel e, consequentemente, desencadear a elevação dos preços dos combustíveis e o encarecimento do crédito para a população. O motivo disso é que a região tem um grande peso na produção global de petróleo e que o conflito pode elevar o preço do produto, pressionando os custos de transporte e energia no mundo todo.
O economista, mestre em economia e criador de conteúdo, Presley Vasconcellos, explica que, diante de um cenário de encarecimento do petróleo, o Brasil sente o impacto via câmbio e combustíveis, refletindo no encarecimento do frete dos produtos e, consequentemente, da sua produção. “Em cenários de tensão, o dólar costuma subir, encarecendo importações e pressionando a inflação. Isso pode levar o Banco Central a adiar cortes nos juros, mantendo o crédito caro e dificultando o consumo das famílias”, aponta.
Na prática, o preço do diesel, derivado do petróleo, deve subir também. Com isso, o transporte de diversos produtos essenciais para a população, como a carne e o tomate, fretados através de vias rodoviárias, devem ser pressionados pela inflação. Outro ponto abordado pelo economista é a questão da alta do dólar, que encarece também produtos importados como carnes, arroz, hortifrutigranjeiros, grãos e também fertilizantes utilizados na produção de ração, na pecuária.
DESACELERAÇÃO
Em junho, o Banco Mundial projetou uma desaceleração no crescimento global para 2,3% em 2025. De acordo com o economista, caso a guerra entre Irã e Israel se agrave ainda mais, os impactos podem ser bem maiores do que os já previstos. “Um choque no preço do petróleo ou rupturas no comércio internacional afetariam diretamente a atividade econômica, com menos investimentos, menos empregos e maior instabilidade global”, aponta.
Ainda de acordo com Presley, algumas soluções podem amenizar as consequências do conflito na economia. “No curto prazo, é importante manter estabilidade fiscal e proteger os mais vulneráveis da inflação. No longo, investir em transição energética, fortalecer o comércio entre países e apoiar soluções diplomáticas são caminhos para reduzir a exposição a crises como essa”, afirma.
NÚMEROS
A Força Aérea de Israel lançou ontem, uma nova série de bombardeios contra o Irã, diante de rumores de que os EUA podem entrar na guerra a qualquer momento. Segundo informações do Estadão Conteúdo, de acordo com balanços divulgados pelas autoridades israelenses e iranianas, os bombardeios mútuos nos últimos dias deixaram pelo menos 224 mortos no Irã e 24 em Israel.
O economista, mestre em economia e criador de conteúdo, Presley Vasconcellos, explica que, diante de um cenário de encarecimento do petróleo, o Brasil sente o impacto via câmbio e combustíveis, refletindo no encarecimento do frete dos produtos e, consequentemente, da sua produção. “Em cenários de tensão, o dólar costuma subir, encarecendo importações e pressionando a inflação. Isso pode levar o Banco Central a adiar cortes nos juros, mantendo o crédito caro e dificultando o consumo das famílias”, aponta.
Na prática, o preço do diesel, derivado do petróleo, deve subir também. Com isso, o transporte de diversos produtos essenciais para a população, como a carne e o tomate, fretados através de vias rodoviárias, devem ser pressionados pela inflação. Outro ponto abordado pelo economista é a questão da alta do dólar, que encarece também produtos importados como carnes, arroz, hortifrutigranjeiros, grãos e também fertilizantes utilizados na produção de ração, na pecuária.
DESACELERAÇÃO
Em junho, o Banco Mundial projetou uma desaceleração no crescimento global para 2,3% em 2025. De acordo com o economista, caso a guerra entre Irã e Israel se agrave ainda mais, os impactos podem ser bem maiores do que os já previstos. “Um choque no preço do petróleo ou rupturas no comércio internacional afetariam diretamente a atividade econômica, com menos investimentos, menos empregos e maior instabilidade global”, aponta.
Ainda de acordo com Presley, algumas soluções podem amenizar as consequências do conflito na economia. “No curto prazo, é importante manter estabilidade fiscal e proteger os mais vulneráveis da inflação. No longo, investir em transição energética, fortalecer o comércio entre países e apoiar soluções diplomáticas são caminhos para reduzir a exposição a crises como essa”, afirma.
NÚMEROS
A Força Aérea de Israel lançou ontem, uma nova série de bombardeios contra o Irã, diante de rumores de que os EUA podem entrar na guerra a qualquer momento. Segundo informações do Estadão Conteúdo, de acordo com balanços divulgados pelas autoridades israelenses e iranianas, os bombardeios mútuos nos últimos dias deixaram pelo menos 224 mortos no Irã e 24 em Israel.
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