Celebração de líderes e surpresa para o Pentágono

Publicação: 13/06/2018 09:00

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, celebrou um “primeiro passo para uma solução” e a Rússia considerou o encontro “positivo”, enquanto a União Europeia afirmou que era um “passo crucial e necessário”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o encontro de marco importante para a desnuclearização da península da Coreia.

Após o aperto de mãos e os sorrisos para os jornalistas e o mundo, Trump e Kim se reuniram durante quase cinco horas: primeiro sozinhos, durante 40 minutos, e depois em uma reunião de trabalho, seguida de um almoço com um menu de pratos ocidentais e asiáticos.

Kim Jong-un foi acompanhado por seu braço direito Kim Yong Chol, que visitou recentemente a Casa Branca, e por outros dirigentes do partido no poder, como sua irmã Kim Yo Jong. O presidente dos Estados Unidos, que chegou ao poder sem qualquer experiência diplomática, assumiu grandes riscos há três meses ao apostar neste encontro de cúpula.

O arsenal nuclear norte-coreano provocou uma série de sanções da ONU ao longo dos últimos anos. Para convencer a Coreia do Norte a renunciar ao mesmo, o presidente americano se comprometeu no documento a dar “garantias de segurança”.

Pompeo afirmou na segunda-feira que são “garantias de segurança únicas, diferentes” das propostas até agora.

Surpresa
O presidente Donald Trump, pegou o Pentágono de surpresa após a cúpula com o líder norte-coreano, Kim Jon-un, ao anunciar que porá fim às manobras conjuntas entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, além de defini-las como muito “provocativas e caras”. “Vamos parar as manobras militares, o que nos poupará muito dinheiro, a não ser que as negociações futuras não aconteçam como deveriam”, disse o presidente norte-americano em uma coletiva de imprensa em Singapura, após seu histórico encontro com o líder norte-coreano.

Trump não disse quando será o fim das manobras militares e essa promessa, que modificaria completamente a postura militar norte-americana na região, não está na declaração comum assinada pelos dirigentes.

O Comando das Forças Americanas na Coreia do Sul (USFK, na sigla em inglês) “não recebeu nenhuma instrução sobre a implementação ou fim das manobras, inclusive do exército Ulchi Freedom Guardian”, previsto para o fim do verão, disse um porta-voz da USFK em comunicado. “Manteremos nossa postura militar enquanto não recebermos novas instruções do Departamento de Defesa e/ou do Comando Indo-Pacífico (IndoPacom)”, afirmou.