Publicação: 21/11/2024 03:00
Os Estados Unidos vetaram, ontem, no Conselho de Segurança da ONU, um projeto de resolução para um cessar-fogo “imediato, incondicional e permanente” na Faixa de Gaza. O rascunho do texto, ao qual a AFP teve acesso, pedia “um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente”, que deveria “ser respeitado por todas as partes”, e “a liberação imediata e incondicional de todos os reféns”. Mas a forma como foi redigido enfureceu Israel, que denunciou o texto como uma “traição”.
“Deixamos claro nas negociações que não pensamos apoiar um cessar-fogo incondicional que não conseguiu a liberação dos reféns”, justificou o vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, após a votação. “Para nós, teria que haver um vínculo entre o cessar-fogo e a liberação dos reféns. Essa tem sido nossa posição desde o início e a mantemos”, disse ele.
Com a proposta de resolução, acrescentou Wood, o Conselho enviaria ao Hamas “uma mensagem perigosa de que não há necessidade de voltar à mesa de negociações”. O texto “nada mais é do que uma traição” e equivaleria a um “abandono” dos reféns, denunciou o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, antes da votação.
Majed Bamya, vice-embaixador palestino da ONU, disse que não havia motivo para Washington vetar o projeto. “Não há justificativa para vetar uma resolução que está tentando impedir atrocidades”.
Em comunicado divulgado pela agência oficial Wafa, a Autoridade Palestina afirmou que “a decisão dos Estados Unidos de exercer seu veto pela quarta vez encorajou Israel a continuar com seus crimes contra civis inocentes”. (AFP)
“Deixamos claro nas negociações que não pensamos apoiar um cessar-fogo incondicional que não conseguiu a liberação dos reféns”, justificou o vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, após a votação. “Para nós, teria que haver um vínculo entre o cessar-fogo e a liberação dos reféns. Essa tem sido nossa posição desde o início e a mantemos”, disse ele.
Com a proposta de resolução, acrescentou Wood, o Conselho enviaria ao Hamas “uma mensagem perigosa de que não há necessidade de voltar à mesa de negociações”. O texto “nada mais é do que uma traição” e equivaleria a um “abandono” dos reféns, denunciou o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, antes da votação.
Majed Bamya, vice-embaixador palestino da ONU, disse que não havia motivo para Washington vetar o projeto. “Não há justificativa para vetar uma resolução que está tentando impedir atrocidades”.
Em comunicado divulgado pela agência oficial Wafa, a Autoridade Palestina afirmou que “a decisão dos Estados Unidos de exercer seu veto pela quarta vez encorajou Israel a continuar com seus crimes contra civis inocentes”. (AFP)