A China respondeu o novo aumento das tarifas revelado pelo presidente Donald Trump anunciando que aumentará, a partir de hoje, suas tarifas alfandegárias sobre produtos dos Estados Unidos para 84%, em vez dos 34% inicialmente previstos. O presidente dos EUA assegurou, porém, que a China “quer” um acordo, mas não “sabe muito bem como fazê-lo”.

A guerra comercial mundial gera temores de aumento da inflação, queda no consumo e no crescimento. Ela poderá reduzir o comércio de bens entre as duas maiores economias do mundo “em até 80%” e eliminar “quase 7%” do PIB global a longo prazo, alertou ontem a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala.

Além disso, não está descartada uma escalada diplomática entre China e EUA, cuja relação já é tensa. Ontem, Pequim instou seus cidadãos a tomarem precauções extremas caso viajem aos Estados Unidos.

UNIÃO EUROPEIA
A União Europeia adotou ontem suas primeiras contramedidas contra mais de 20 bilhões de euros (R$ 133,7 bilhões) em bens “fabricados nos Estados Unidos”.

A lista inclui produtos agrícolas como soja, aves e arroz. Também prevê sobretaxas de até 25% sobre madeira, motocicletas, produtos de plástico e equipamentos elétricos.

Mas Bruxelas disse estar disposta a suspender as medidas “a qualquer momento” se alcançar um acordo “justo”. (AFP)