Tarifaço causa temor entre aliados de Trump
Com queda e oscilação dos mercados, eleitores pedem que Congresso assuma o controle das finanças dos Estados Unidos. Empresários também reclamam
Publicação: 08/04/2025 03:00
Com os mercados em queda livre por causa da guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começa a circular um burburinho de descontentamento com as políticas do presidente entre legisladores aliados e grandes empresários. A economia mundial continuou cambaleando ontem, após o anúncio de Trump de impor tarifas às importações provenientes de boa parte de seus parceiros comerciais.
Os legisladores, pressionados por eleitores cada vez mais preocupados com os rumos da política econômica, começam a pedir que o Congresso retome o controle das finanças do país. O senador do Texas Ted Cruz, conhecido por seu apoio a Trump, alertou para uma queda no emprego e um aumento da inflação que podem ameaçar o controle republicano do Congresso nas próximas eleições. “Se entrarmos em uma recessão, 2026, com toda probabilidade, será politicamente um banho de sangue”, disse em seu podcast, Verdict. Uma eventual recessão seria totalmente provocada pela guerra declarada pelo presidente republicano.
Bill Ackman, um bilionário gestor de fundos e simpatizante de Trump, alertou no fim de semana que os EUA estão “caminhando rumo a um inverno nuclear econômico autoinduzido”. E o bilionário Elon Musk surpreendeu a todos ao atacar o assessor da Casa Branca Peter Navarro e publicar um vídeo do economista defensor do livre-comércio Milton Friedman.
O presidente minimizou o pânico sentido nos mercados na semana passada e passou o fim de semana arrecadando fundos e jogando golfe. “Não sejam fracos! Não sejam estúpidos!... Sejam fortes, corajosos e pacientes, e a grandeza será o resultado!”, escreveu ele ontem em sua rede, a Truth Social.
BRASIL
O Brasil tem reservas internacionais suficientes para enfrentar as decisões do governo Donald Trump, disse ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nós pagamos a dívida externa brasileira. Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva (internacional) de US$ 370 bilhões, o que segura este país contra qualquer crise”, disse o presidente.
UNIÃO EUROPEIA
A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, propôs ontem tarifas de retaliação sobre uma série de produtos dos EUA, em resposta às medidas adotadas pelo presidente Donald Trump ao aço e alumínio. A comissão elaborou uma lista robusta de contramedidas, ao mesmo tempo em que buscou equilibrar o fardo entre os estados-membros. A lista final e os níveis de tarifas serão colocados em votação no dia 9 de abril, com a lista final adotada em 15 de abril.
CHINA
Donald Trump ameaçou a China ontem com tarifas adicionais de 50% sobre todas as importações do país caso Pequim não recue da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington. Caso cumpra o prometido, os EUA terão elevado em 84% o valor de todos os produtos chineses que entram no país norte-americano em uma semana. (AFP, Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
Os legisladores, pressionados por eleitores cada vez mais preocupados com os rumos da política econômica, começam a pedir que o Congresso retome o controle das finanças do país. O senador do Texas Ted Cruz, conhecido por seu apoio a Trump, alertou para uma queda no emprego e um aumento da inflação que podem ameaçar o controle republicano do Congresso nas próximas eleições. “Se entrarmos em uma recessão, 2026, com toda probabilidade, será politicamente um banho de sangue”, disse em seu podcast, Verdict. Uma eventual recessão seria totalmente provocada pela guerra declarada pelo presidente republicano.
Bill Ackman, um bilionário gestor de fundos e simpatizante de Trump, alertou no fim de semana que os EUA estão “caminhando rumo a um inverno nuclear econômico autoinduzido”. E o bilionário Elon Musk surpreendeu a todos ao atacar o assessor da Casa Branca Peter Navarro e publicar um vídeo do economista defensor do livre-comércio Milton Friedman.
O presidente minimizou o pânico sentido nos mercados na semana passada e passou o fim de semana arrecadando fundos e jogando golfe. “Não sejam fracos! Não sejam estúpidos!... Sejam fortes, corajosos e pacientes, e a grandeza será o resultado!”, escreveu ele ontem em sua rede, a Truth Social.
BRASIL
O Brasil tem reservas internacionais suficientes para enfrentar as decisões do governo Donald Trump, disse ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nós pagamos a dívida externa brasileira. Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva (internacional) de US$ 370 bilhões, o que segura este país contra qualquer crise”, disse o presidente.
UNIÃO EUROPEIA
A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, propôs ontem tarifas de retaliação sobre uma série de produtos dos EUA, em resposta às medidas adotadas pelo presidente Donald Trump ao aço e alumínio. A comissão elaborou uma lista robusta de contramedidas, ao mesmo tempo em que buscou equilibrar o fardo entre os estados-membros. A lista final e os níveis de tarifas serão colocados em votação no dia 9 de abril, com a lista final adotada em 15 de abril.
CHINA
Donald Trump ameaçou a China ontem com tarifas adicionais de 50% sobre todas as importações do país caso Pequim não recue da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington. Caso cumpra o prometido, os EUA terão elevado em 84% o valor de todos os produtos chineses que entram no país norte-americano em uma semana. (AFP, Estadão Conteúdo e Agência Brasil)