EUA confirmam início de tarifaço para 1º de agosto
Donal Trump disse ontem que a cobrança de 50% para produtos do Brasil não terá prazo adiado. Até o momento, não houve avanço significativo nas negociações
Publicação: 28/07/2025 03:00
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Presidente Donald Trump declarou "guerra comercial" a vários países |
No entanto, os EUA fecharam um acordo tarifário com a União Europeia.
Para o Brasil, o “tarifaço” começa na sexta (1º de agosto).
O Brasil é o país que foi alvo das maiores taxas e até o momento, não houve avanço significativo nas negociações entre os governos brasileiro e dos EUA.
As declarações do presidente americano ocorreram durante uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na Escócia.
Balança comercial
As tarifas contra o Brasil irão prejudicar diversos setores da economia brasileira, como produtos agrícolas, produtos manufaturados, petróleo e aviões.
Os Estados Unidos têm um superávit com o Brasil que representou quase US$ 284 milhões (R$ 1,6 bilhão) em 2024, segundo números oficiais brasileiros. As principais vendas do Brasil para o mercado americano são de petróleo bruto (12%), produtos semiacabados de ferro e aço (9,7%), café não torrado (5,8%) e aeronaves e outros equipamentos (5,2%), entre outros. As taxas foram anunciadas em julho pelo presidente americano, Donald Trump, sob argumento político de que existe uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A informação sobre o prazo já tinha sido reiterada pelo secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick.
Em entrevista a emissora conservadora americana Fox News, Lutnick disse que as tarifas entrarão em vigor no dia 1° de agosto, mas que Trump está disposto a negociar, mesmo depois do prazo.
As tarifas acordadas por esses países superam a taxa de 10% que os Estados Unidos aplicam desde abril à grande maioria dos países, mas ainda assim estão muito abaixo dos níveis com os quais Trump ameaçou se os governos não chegassem a um acordo com Washington que pôs fim ao que ele considera como práticas desleais.