Valéria Barbalho
Médica
valeriageni@gmail.com
Publicação: 13/10/2014 03:00
Em um sábado pela manhã, andando pela Rua XV de Novembro, em Caruaru, para localizar o prédio onde funcionou a Alfaiataria João Barbalho (1908-1972), fiquei impressionada com o movimentado comércio daquela região. Tinha gente que só farinha, fazendo compras nas várias lojas. Foi difícil andar nas calçadas. Camelôs ofereciam seus produtos, carrocinhas de lanches, faturavam. Barulheira infernal causada por carrinhos de som tocando CDs piratas, homens com alto-falantes fazendo propaganda de mercadorias, buzinas de motos e de automóveis. No local onde eu achava que foi a alfaiataria do meu avô, encontrei uma enorme galeria com lojinhas tipo boxes, vendendo produtos made in China. Se eu não tivesse chegado ali via beco da Estudantil, não teria avistado a Igreja da Conceição no final da rua e a Câmara dos Vereadores à minha frente, eu juraria estar na famosa Rua 25 de Março, em São Paulo. Percebi, então, que não é a toa que o País de Caruaru, é o maior polo comercial do interior de Pernambuco.
Daí lembrei que chegamos a esse patamar graças ao espírito empreendedor dos antigos comerciantes da cidade. Nas primeiras décadas do século passado, a maioria das lojas se concentrava nas Ruas da Frente, (atual XV de Novembro). Os estabelecimentos comerciais pertenciam a caruaruenses natos ou de coração, todos residentes na terrinha. Bairristas, investiam seus lucros na própria cidade e participavam ativamente da sua vida sociocultural. Patrocinaram a famosa Festa do Comércio, ajudaram a construção do Hospital do São Sebastião, colaboraram com o Carnaval, apoiaram a fundação da Associação Comercial de Caruaru etc.
Entre esses comerciantes destacavam-se: Leocádio Porto (armazém de ferragens); Ioiô Nunes e Toinho Mouco (armazém de secos e molhados); Major Sinval e Manuel de Freitas Torres dos Santos (farmácias); Chico Vasconcelos (A Primavera); Joviniano Viana (A Brasileira); João Barbalho e Walfrido Nunes de Oliveira (alfaiatarias); Bernardo Lopes da Cruz e Joca Apolônio (armazéns de couros e aviamentos); João Porto (casa de especiarias importadas); João Piston (revendedora Chevrolet e armazém de ferrabens); Miguel Menino (vários negócios em um só prédio); João e Santino Cursino (loja de tecidos finos e chapéus); Guilherme de Oliveira (vendia “de tudo” no seu armazém); Antônio Costa (padaria e mercearia); Antônio Paulista (loja Paulista); Felipe Lins (Casa Lins); Carlos Nejaim (A Libaneza); José Trigueiro (Casa Trigueiro); Irmãos Zelaquett (Casa Zelaquett); Francisco Meira Lins (Refinação Central), entre outros.
Portanto, deve-se a esses pioneiros comerciantes da Rua da Frente, o extraordinário sucesso do comercio da Capital do Agreste. Eles não podem ser esquecidos. Viva aos velhos comerciantes do País de Caruaru!
Daí lembrei que chegamos a esse patamar graças ao espírito empreendedor dos antigos comerciantes da cidade. Nas primeiras décadas do século passado, a maioria das lojas se concentrava nas Ruas da Frente, (atual XV de Novembro). Os estabelecimentos comerciais pertenciam a caruaruenses natos ou de coração, todos residentes na terrinha. Bairristas, investiam seus lucros na própria cidade e participavam ativamente da sua vida sociocultural. Patrocinaram a famosa Festa do Comércio, ajudaram a construção do Hospital do São Sebastião, colaboraram com o Carnaval, apoiaram a fundação da Associação Comercial de Caruaru etc.
Entre esses comerciantes destacavam-se: Leocádio Porto (armazém de ferragens); Ioiô Nunes e Toinho Mouco (armazém de secos e molhados); Major Sinval e Manuel de Freitas Torres dos Santos (farmácias); Chico Vasconcelos (A Primavera); Joviniano Viana (A Brasileira); João Barbalho e Walfrido Nunes de Oliveira (alfaiatarias); Bernardo Lopes da Cruz e Joca Apolônio (armazéns de couros e aviamentos); João Porto (casa de especiarias importadas); João Piston (revendedora Chevrolet e armazém de ferrabens); Miguel Menino (vários negócios em um só prédio); João e Santino Cursino (loja de tecidos finos e chapéus); Guilherme de Oliveira (vendia “de tudo” no seu armazém); Antônio Costa (padaria e mercearia); Antônio Paulista (loja Paulista); Felipe Lins (Casa Lins); Carlos Nejaim (A Libaneza); José Trigueiro (Casa Trigueiro); Irmãos Zelaquett (Casa Zelaquett); Francisco Meira Lins (Refinação Central), entre outros.
Portanto, deve-se a esses pioneiros comerciantes da Rua da Frente, o extraordinário sucesso do comercio da Capital do Agreste. Eles não podem ser esquecidos. Viva aos velhos comerciantes do País de Caruaru!