Roberto Pereira
Ex-secretário de Educação e Cultura
de Pernambuco
robertop@elogica.com.br
Publicação: 12/12/2014 03:00
O cotidiano nos mostra os encantos que a fantasia sabe criar. Esta fantasia será sempre maior do que a realidade, que não é feita pelas fadas, fiandeiras ocultas do destino feliz. Desde criança, o ser humano constrói o seu castelo, as suas utopias, os seus sonhos, os seus devaneios. É na infância que as ilusões são tecidas em quimeras de quem pensa ser e acontecer no cenário da vida. Ficção é se pensar apoiado nos pés da realidade. O menino, “pai do homem,” vive do imaginário infantil, criando personagens e vidas à vida de cada qual. Esta pluralidade é o painel que se põe à frente dos que sonham a felicidade, que, à Vicente de Carvalho, está sempre apenas onde nós a pomos, / e nunca a pomos onde nós estamos.
E o homem? O homem é filho das fantasias traçadas com a régua da infância. A criança é a artesã do adulto numa moldagem com o barro da utopia. Peter Pan, para convencer Wendy a retornar à Terra do Nunca, assegura que se ele ensinar aos Meninos Perdidos a contar histórias, estes, se aprenderem, poderão crescer.
Crescer, eis o mistério, eis a magia; eis, morando em cada de nós um menino perdido, cada qual com a sua humana ansiedade, desejoso de chegar à felicidade, inquietação do homem sempre nostálgico do paraíso perdido. Deus está oculto, mas Ele é o bem supremo. Entre o alfa e o ômega, está o efêmero quedado diante da eternidade. Digo com a poetisa Lucila Nogueira: “Fada de Peter Pan / tocando o sonho.” Toca o sonho, mas não toca a realidade, como se o pó de pirlimpimpim fosse capaz do abre-te sésamo à concretização dos desejos incontidos.
A criança, se menina, a Bela Adormecida, a Alice no País das Maravilhas; se menino, o Gato de Botas, o príncipe encantado; todos na doce fantasia que o mundo infantil inspira. Na realidade da vida, o homem pensa que é o não ser que supõe ser. Este o debate interior entre suas aspirações e a sua existência real. Na soleira dessa porta, estão a soberba e o orgulho, o desejo de se ver nos umbrais da felicidade.
Paz de espírito, consciência leve, religiosidade, ética e moral, equilíbrio, humildade, rumo e prumo, são valores intrínsecos ao homem, que se pretenda humano. Se assim, encerro, chamando Machado de Assis: “Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões.”
E o homem? O homem é filho das fantasias traçadas com a régua da infância. A criança é a artesã do adulto numa moldagem com o barro da utopia. Peter Pan, para convencer Wendy a retornar à Terra do Nunca, assegura que se ele ensinar aos Meninos Perdidos a contar histórias, estes, se aprenderem, poderão crescer.
Crescer, eis o mistério, eis a magia; eis, morando em cada de nós um menino perdido, cada qual com a sua humana ansiedade, desejoso de chegar à felicidade, inquietação do homem sempre nostálgico do paraíso perdido. Deus está oculto, mas Ele é o bem supremo. Entre o alfa e o ômega, está o efêmero quedado diante da eternidade. Digo com a poetisa Lucila Nogueira: “Fada de Peter Pan / tocando o sonho.” Toca o sonho, mas não toca a realidade, como se o pó de pirlimpimpim fosse capaz do abre-te sésamo à concretização dos desejos incontidos.
A criança, se menina, a Bela Adormecida, a Alice no País das Maravilhas; se menino, o Gato de Botas, o príncipe encantado; todos na doce fantasia que o mundo infantil inspira. Na realidade da vida, o homem pensa que é o não ser que supõe ser. Este o debate interior entre suas aspirações e a sua existência real. Na soleira dessa porta, estão a soberba e o orgulho, o desejo de se ver nos umbrais da felicidade.
Paz de espírito, consciência leve, religiosidade, ética e moral, equilíbrio, humildade, rumo e prumo, são valores intrínsecos ao homem, que se pretenda humano. Se assim, encerro, chamando Machado de Assis: “Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões.”