Publicação: 25/01/2015 03:00
A morte do rei da Arábia Saudita é sempre acontecimento de interesse mundial. Mas, se ocorre em momento de crise regional, a atenção ganha relevo singular. O reino é o maior produtor de petróleo do mundo e o principal aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio. Na luta contra a Al-Qaeda, prestou relevante ajuda a Washington apesar de 15 dos 19 envolvidos no atentado às Torres Gêmeas de Nova York terem origem saudita.
De maioria sunita, o país vive tensão com o Irã — de predomínio xiita, também com abundantes reservas de óleo. A facção religiosa põe as duas nações em campos opostos. Riad é acusada de fornecer recursos a sunitas envolvidos com a jihad (guerra santa) — caso do Estado Islâmico. Teerã, por seu lado, apoia os xiitas. Entre eles, minorias em países satélites da Península Arábica como o Bahrein e o Iêmen.
Não só. Monarquias do Golfo Pérsico, lideradas por Arábia Saudita e Catar, planejaram proteger a principal riqueza da região, ameaçada por poderoso concorrente. Para inviabilizar a produção de gás de xisto nos Estados Unidos, reduziram a níveis inimagináveis o preço do barril de petróleo. A queda registrada nos últimos sete meses — de US$ 107 para US$ 46 — afetou duramente as finanças iranianas, já prejudicadas pelas sanções impostas pelos Estados Unidos.
O sucessor de Abdullah bin Abdulaziz Al-Saud, no poder desde 2005, tornou-se príncipe herdeiro em junho de 2012. Salman bin Abdulaziz, meio-irmão do monarca falecido, tem larga experiência na política. Governou Riad durante meio século, função que acumulou com a chefia do Ministério da Defesa e com atividades próprias do rei. No discurso de posse, prometeu continuar a política do antecessor, incluindo a colaboração com os Estados Unidos.
De maioria sunita, o país vive tensão com o Irã — de predomínio xiita, também com abundantes reservas de óleo. A facção religiosa põe as duas nações em campos opostos. Riad é acusada de fornecer recursos a sunitas envolvidos com a jihad (guerra santa) — caso do Estado Islâmico. Teerã, por seu lado, apoia os xiitas. Entre eles, minorias em países satélites da Península Arábica como o Bahrein e o Iêmen.
Não só. Monarquias do Golfo Pérsico, lideradas por Arábia Saudita e Catar, planejaram proteger a principal riqueza da região, ameaçada por poderoso concorrente. Para inviabilizar a produção de gás de xisto nos Estados Unidos, reduziram a níveis inimagináveis o preço do barril de petróleo. A queda registrada nos últimos sete meses — de US$ 107 para US$ 46 — afetou duramente as finanças iranianas, já prejudicadas pelas sanções impostas pelos Estados Unidos.
O sucessor de Abdullah bin Abdulaziz Al-Saud, no poder desde 2005, tornou-se príncipe herdeiro em junho de 2012. Salman bin Abdulaziz, meio-irmão do monarca falecido, tem larga experiência na política. Governou Riad durante meio século, função que acumulou com a chefia do Ministério da Defesa e com atividades próprias do rei. No discurso de posse, prometeu continuar a política do antecessor, incluindo a colaboração com os Estados Unidos.