Antônio Campos
Advogado
camposad@camposadvogados.com.br
Publicação: 22/02/2015 03:00
A Imprensa pernambucana, na esfera do colunismo social, guarda um legado à espera de um novo mestre da pesquisa como foi o jornalista Luiz do Nascimento, autor da famosa História da Imprensa de Pernambuco, escrita em 14 volumes. Não sei precisar se Tavares de Miranda, nascido numa cidade canavieira da Zona da Mata de nosso estado, foi citado pelo autor dessa obra monumental, mas posso avaliar a importância que o Miranda desempenhou durante cerca de 40 anos na Imprensa de São Paulo, escrevendo, de domingo a domingo, uma coluna social de página inteira na Folha, tornando-se conhecido e festejado. Era irmão de berço e no fervor da prática católica da filósofa, também pernambucana, Maria do Carmo Tavares de Miranda.
Ele foi influente na requintada sociedade paulistana durante mais de 50 anos. Foi quem lançou a moda do blazer clássico sobre o jeans. Tornou-se o primeiro colunista social do Brasil a produzir e a apresentar um programa de TV voltado somente para os chamados ‘temas mundanos’.
Nessa época, no Recife, pontificava no colunismo social o inteligente e elegante na forma de vestir e no falar, Altamiro Cunha, o pioneiro desse gênero, no Brasil. Zilde de Enock Maranhão foi, também, dessa geração de pioneiros. Outro, anos depois, o saudoso Orismar Rodrigues que, além de competente cronista social, foi poeta com livros publicados. A memória se completa com a bela Nelbe Chateaubriand de Sousa, colunista, ainda hoje, do Jornal do Commercio /Rio de Janeiro.
Depois deles, vieram outros, continuadores da melhor tradição jornalística de nosso Estado nesse campo da informação, especialmente o jornalista João Alberto.
José de Souza Alencar, Alex, recentemente falecido, embora nascido em Alagoas, teve a sua formação acadêmica e profissional no Recife, o seu segundo berço natal, daqui nunca saindo. Famoso e respeitado, soube manter um diferencial entre os seus confrades tornando-se, além de jornalista e escritor, crítico de cinema e pintor. Passou a ser mais do que um jornalista que escrevia notas sobre festas, mas um profissional que frequentava eventos culturais e artísticos, além de leitor exigente, que opinava sobre livros e autores. Sabia agradar a seu público. Era um apaixonado pela pintura. Por causa desses predicados, tornou-se imortal da Academia Pernambucana de Letras (APL).
Foi a sua paixão pela pintura e o meu interesse por essa expressão de arte, eu enquanto colecionador, que nos aproximou, cada um com o seu estilo de escolhas. Quando chegou a hora de decidir sobre o futuro e destinação do seu acervo de miniquadros de arte, foi dele que recebi a proposta de aquisição. Resultou somando nossas coleções, hoje catalogadas, a minha (iniciada antes) e a dele, no talvez primeiro museu brasileiro de miniquadros. Agora, são mais de 500 peças de pintores, quase todos de grandes mestres pernambucanos, em uma coleção que não para de crescer. Tenho-os todos perto de mim. Lembranças em forma de grandeza de artistas amados, pela sedução que tais peças inspiram, pela beleza que irradiam seus níveis próprios de cores e transparências.
Ele foi influente na requintada sociedade paulistana durante mais de 50 anos. Foi quem lançou a moda do blazer clássico sobre o jeans. Tornou-se o primeiro colunista social do Brasil a produzir e a apresentar um programa de TV voltado somente para os chamados ‘temas mundanos’.
Nessa época, no Recife, pontificava no colunismo social o inteligente e elegante na forma de vestir e no falar, Altamiro Cunha, o pioneiro desse gênero, no Brasil. Zilde de Enock Maranhão foi, também, dessa geração de pioneiros. Outro, anos depois, o saudoso Orismar Rodrigues que, além de competente cronista social, foi poeta com livros publicados. A memória se completa com a bela Nelbe Chateaubriand de Sousa, colunista, ainda hoje, do Jornal do Commercio /Rio de Janeiro.
Depois deles, vieram outros, continuadores da melhor tradição jornalística de nosso Estado nesse campo da informação, especialmente o jornalista João Alberto.
José de Souza Alencar, Alex, recentemente falecido, embora nascido em Alagoas, teve a sua formação acadêmica e profissional no Recife, o seu segundo berço natal, daqui nunca saindo. Famoso e respeitado, soube manter um diferencial entre os seus confrades tornando-se, além de jornalista e escritor, crítico de cinema e pintor. Passou a ser mais do que um jornalista que escrevia notas sobre festas, mas um profissional que frequentava eventos culturais e artísticos, além de leitor exigente, que opinava sobre livros e autores. Sabia agradar a seu público. Era um apaixonado pela pintura. Por causa desses predicados, tornou-se imortal da Academia Pernambucana de Letras (APL).
Foi a sua paixão pela pintura e o meu interesse por essa expressão de arte, eu enquanto colecionador, que nos aproximou, cada um com o seu estilo de escolhas. Quando chegou a hora de decidir sobre o futuro e destinação do seu acervo de miniquadros de arte, foi dele que recebi a proposta de aquisição. Resultou somando nossas coleções, hoje catalogadas, a minha (iniciada antes) e a dele, no talvez primeiro museu brasileiro de miniquadros. Agora, são mais de 500 peças de pintores, quase todos de grandes mestres pernambucanos, em uma coleção que não para de crescer. Tenho-os todos perto de mim. Lembranças em forma de grandeza de artistas amados, pela sedução que tais peças inspiram, pela beleza que irradiam seus níveis próprios de cores e transparências.