Giovanni Mastroianni
advogado, administrador e jornalista
opinião.pe@dabr.com.br
Publicação: 10/02/2015 03:00
Um tema sempre antigo e que não perde nunca a atualidade é a lembrança de remédios antigos.
Em minhas reportagens para jornais e rádios desfilaram chancelas dos mais famosos medicamentos, cujos nomes permaneceram para sempre na lembrança. Os mais idosos, certamente, jamais se esquecerão de rótulos como os de Pílulas de Vida do Dr. Ross, Leite de Magnésia de Phillips, Emulsão de Scott, Iodex, Citrosodine, Antiphlogistine, Emplastros de Dr.Winter, Cataplasma Hartmann, Beriberine, Elixir Sanativo, Bellergal e tantos outros.
Da farmacopeia da época, os emplastros e cataplasmas eram considerados emolientes e calmantes. Recordo-me que, quando criança, fui vítima de um desses fervilhantes medicamentos que curaram minha pneumonia. Serviam, também, para o tratamento de ciática, reumatismo, nevralgias, dores de garganta, pleurisia, entorses e outros males tidos como fatais.
Acabo de receber, ricamente ilustrada, uma preciosidade, descrita em espanhol. Jamais poderia perder a ocasião de explorar assunto tão de meu agrado e que desperta, mesmo nos mais jovens, a curiosidade de conhecer alguns dos mais importantes medicamentos utilizados, em priscas eras, pelos meus avós e bisavós. Nos dias atuais, alguns seriam julgados irregulares, por conterem em suas composições substâncias hoje consideradas nocivas à saúde.
Abstenho-me de proceder a algumas citações para não induzir o incauto a fazer uso desse ou daquele medicamento sob a suposição de que encontrará prontamente a cura. Todavia, não poderão ser omitidas as porções de elixires e sedativos, como bem descrevem os dicionaristas, entre os quais Aurélio, que se constituíam em autênticas soluções farmacêuticas com propriedades balsâmicas ou relaxantes, compostas de diferentes substâncias aromáticas e medicinais, verdadeiras bebidas mágicas e milagrosas. Minha avó jamais deixava de ter em casa acônito, quinino e paregórico.
Leigo no assunto, impossível poder afirmar categoricamente, mas o cientista Alexander Fleming - descobridor da penicilina - revolucionou a medicina dos antibióticos, possibilitando combater os mais diferentes tipos de doenças.