Publicação: 20/06/2015 03:00
Difícil encontrar adjetivo capaz de traduzir o comportamento do governo venezulano na chegada dos senadores brasileiros a Caracas. Hostil, deselegante, grosseiro parecem adequados, mas insuficientes. Os romanos chamavam de bárbaros os povos que não falavam latim e, por isso, seriam ignorantes da cultura dominante — incapazes de pertencer à civilização.
Por analogia, pode-se classificar de bárbaro o mandatário que desconhece a liturgia do cargo. Senador representa uma unidade da Federação. Ao ser humilhado, humilha-se o estado e, por extensão, o país. Daí ser inaceitavelmente branda a nota divulgada pelo Itamaraty que “lamenta os inaceitáveis atos hostis” protagonizados contra a comitiva brasileira.
A explicação de Caracas talvez convença Brancas de Neves e Papais Noéis. O micro-ônibus do grupo parlamentar teve a circulação comprometida por diferentes razões. Na saída do aeroporto, manifestantes chavistas atacaram o veículo sem que as autoridades interviessem. A polícia, em seguida, bloqueou a estrada por estar transportanto presidiário vindo da Colômbia. Limpeza de túnel obstruiu o trânsito.
Não houve preocupação, sequer, de maquiar os contratempos que, tudo indica, foi iniciativa do Palácio de Miraflores. Em mensagem de celular, o vice-presidente do país debochou da missão oficial de congressistas: “Se os senadores estão aqui, é porque não têm muito trabalho por lá”. É inaceitável que membros da Câmara Alta sejam submetidos a tal nível de humilhação.
Nicolau Maduro, escolhido por Chávez como sucessor, reprisa a tragédia que cada vez mais assume a feição de farsa. Membro do Mercosul, da OEA e da Unasul, a Venezuela já não cumpre a cláusula democrática dos acordos — condição para se associar aos organismos internacionais. O Brasil, apesar das repetidas convocações das consciências civilizadas nacionais e estrangeiras, teima em fechar os olhos para a realidade. Até quando? A agressão aos senadores escancarou o faz de conta. A maior potência da América do Sul e uma das 10 maiores do mundo tem de tomar posição. Que o faça!
Por analogia, pode-se classificar de bárbaro o mandatário que desconhece a liturgia do cargo. Senador representa uma unidade da Federação. Ao ser humilhado, humilha-se o estado e, por extensão, o país. Daí ser inaceitavelmente branda a nota divulgada pelo Itamaraty que “lamenta os inaceitáveis atos hostis” protagonizados contra a comitiva brasileira.
A explicação de Caracas talvez convença Brancas de Neves e Papais Noéis. O micro-ônibus do grupo parlamentar teve a circulação comprometida por diferentes razões. Na saída do aeroporto, manifestantes chavistas atacaram o veículo sem que as autoridades interviessem. A polícia, em seguida, bloqueou a estrada por estar transportanto presidiário vindo da Colômbia. Limpeza de túnel obstruiu o trânsito.
Não houve preocupação, sequer, de maquiar os contratempos que, tudo indica, foi iniciativa do Palácio de Miraflores. Em mensagem de celular, o vice-presidente do país debochou da missão oficial de congressistas: “Se os senadores estão aqui, é porque não têm muito trabalho por lá”. É inaceitável que membros da Câmara Alta sejam submetidos a tal nível de humilhação.
Nicolau Maduro, escolhido por Chávez como sucessor, reprisa a tragédia que cada vez mais assume a feição de farsa. Membro do Mercosul, da OEA e da Unasul, a Venezuela já não cumpre a cláusula democrática dos acordos — condição para se associar aos organismos internacionais. O Brasil, apesar das repetidas convocações das consciências civilizadas nacionais e estrangeiras, teima em fechar os olhos para a realidade. Até quando? A agressão aos senadores escancarou o faz de conta. A maior potência da América do Sul e uma das 10 maiores do mundo tem de tomar posição. Que o faça!