Publicação: 20/10/2016 03:00
De cada 100 habitantes do mundo, oito vivem em favelas. Esta relação proporcional chama ainda mais atenção quando colocada em termos absolutos: são 900 milhões de pessoas morando em favelas no planeta, segundo relatório divulgado pela ONU. A atenção aumenta quando se olha a realidade fora da média estatística - em algumas cidades, como no Brasil, a proporção de favelados é bem maior.
Este é um problema que aflige governos em todas as instâncias - municipal, estadual e federal. Não diz respeito apenas à questão da moradia, que por si só já é um gigantesco desafio. Os favelados vivem em um cinturão de pobreza, estão mais vulneráveis a problemas de saúde e têm acesso limitado a serviços urbanos básicos, conforme se debate na Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, que ora acontece em Quito, capital do Equador, com a participação de representantes dos 193 países integrantes da ONU.
O tema é particularmente sensível para a Região Metropolitana do Recife, que concentra 1.046 favelas das 1.075 existentes no estado - ou seja, 97% do total, de acordo com dados do IBGE. Na capital, quase todos os bairros têm uma favela nas proximidades. É possível, dentro do Recife, uma área com indicadores semelhantes aos do Gabão estar a alguns metros de outra cujos índices são comparáveis aos da Noruega.
Não se trata de um problema exclusivamente local - e a Conferência das Nações Unidas é uma comprovação disso. O secretário da ONU, Ban Ki-Moon, destacou em seu discurso que os grandes municípios ocupam 2% das terras do planeta, mas têm em seus territórios 50% da população mundial. O encontro, também chamado Habitat III, começou domingo e encerra-se hoje. Realiza-se apenas uma vez a cada 20 anos, e busca repensar a gestão e o planejamento das cidades globais. O objetivo da que acontece agora no Equador é formular uma Nova Agenda Urbana.
Em um mundo globalizado na repartição dos problemas (infelizmente, não tanto na repartição de riquezas…), a solução para os desafios enfrentados localmente pode vir de propostas globais.
Este é um problema que aflige governos em todas as instâncias - municipal, estadual e federal. Não diz respeito apenas à questão da moradia, que por si só já é um gigantesco desafio. Os favelados vivem em um cinturão de pobreza, estão mais vulneráveis a problemas de saúde e têm acesso limitado a serviços urbanos básicos, conforme se debate na Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, que ora acontece em Quito, capital do Equador, com a participação de representantes dos 193 países integrantes da ONU.
O tema é particularmente sensível para a Região Metropolitana do Recife, que concentra 1.046 favelas das 1.075 existentes no estado - ou seja, 97% do total, de acordo com dados do IBGE. Na capital, quase todos os bairros têm uma favela nas proximidades. É possível, dentro do Recife, uma área com indicadores semelhantes aos do Gabão estar a alguns metros de outra cujos índices são comparáveis aos da Noruega.
Não se trata de um problema exclusivamente local - e a Conferência das Nações Unidas é uma comprovação disso. O secretário da ONU, Ban Ki-Moon, destacou em seu discurso que os grandes municípios ocupam 2% das terras do planeta, mas têm em seus territórios 50% da população mundial. O encontro, também chamado Habitat III, começou domingo e encerra-se hoje. Realiza-se apenas uma vez a cada 20 anos, e busca repensar a gestão e o planejamento das cidades globais. O objetivo da que acontece agora no Equador é formular uma Nova Agenda Urbana.
Em um mundo globalizado na repartição dos problemas (infelizmente, não tanto na repartição de riquezas…), a solução para os desafios enfrentados localmente pode vir de propostas globais.