Giovanni Mastroianni
Advogado, administrador e jornalista
Publicação: 22/08/2017 03:00
Sempre fui um apaixonado do folclore, principalmente quando essa ciência de tradições e de usos da arte popular alude aos costumes, crenças, conhecimentos e manifestações artísticas nordestinas. É neste dia de hoje, 22 de agosto que se comemora o dia do folclore, uma das manifestações mais importantes do Estado. E Pernambuco tem bastante amplo e diversificado esse conjunto de fatos curiosos ou jocosos a respeito de algo ou de alguém. Dele fazem parte folguedos bem populares, estórias, danças, apresentações teatrais e até hábitos alimentares, entre muitos outros.
Dizem os dicionaristas, principalmente Aurélio Buarque de Holanda, que também é folclore o “ conjunto das canções populares de uma época ou região”, ou, simplesmente , “estudo da psicologia de um povo”. Seja qual for o significado mais apropriado para esse verbete, tentarei, em breves palavras, externar alguns dos mais populares e conhecidos folclorismos, colocando, em primeiro lugar, o tradicional frevo, dança característica do carnaval pernambucano, que faz o povo vibrar com seu ritmo frenético. Os passistas, que dele fazem parte, executam coreografia individual, improvisada e delirante. Bastante popular, o pastoril é uma brincadeira que merece registro, por reviver o nascimento de Cristo, entre cantos danças, através de pastorinhas que se vestem a caráter. Também a figura do mamulengo, nome originário de mão mole, também denominado de marionete, mas pouco usual, popularmente, como fantoche. Este, em verdade, é “um boneco que tem a cabeça de massa ou papel, ou mesmo de tecido gessado, cujas mãos, geralmente, são de feltro, cujo corpo formado pela própria roupa, o operador esconde a mão que movimenta por meio do dedo indicador a cabeça e com o polegar e o médio os braços.” Entre as danças, merece igualmente registro o maracatu, que, a exemplo do frevo, é considerado de origem africana. Não poderiam ser esquecidos os caboclinhos ou cabocolinhos, folguedo que se constitui de um desfile carnavalesco, com brincantes paramentados de indígenas, cujo modelo foi popularizado pela literatura indianista. Destaque, também, para o maracatu que é um”cortejo Carnavalesco que baila ao som de instrumentos de percussão, acompanhando uma mulher que conduz bonequinhas ricamente enfeitadas - as calungas - na extremidade de um bastão.” Aqui, o vocábulo calunga merece uma explicação: elemento sagrado dos candomblés de Pernambuco, essa boneca de madeira , ricamente vestida, simboliza uma entidade ou rainha que já faleceu e sempre faz parte dos maracatus. Finalmente, o bumba meu boi, um bailado popular cômico-dramático, organizado em cortejo com personagens humanos, que surgiu entre os escravos e o povo mais pobre dos engenhos de cana-de-açúcar.
Adepto do tema, não posso deixar de ressaltar o nome do folclorista natalense Luiz da Cãmara Cascudo, indiscutivelmente, um dos mais famosos pesquisadores das manifestações culturais brasileiras, tendo presenteado seus admiradores, entre os quais me incluo, com uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro. Convivi com seu filho, o não menos famoso e saudoso jornalista Fernando Luiz da Câmara Cascudo, que teve passagem, também, aqui, no Diario de Pernambuco, e juntos trabalhamos, em outro prestigioso meio de comunicação local. Quando radialista, um dos meus programas favoritos, que produzia e apresentava na Difusora de Caruaru, era, indiscutivelmente, grande sucesso radiofônico: “Recolhendo o Folclore”, cujos scripts perderam-se na voragem do tempo.
Dizem os dicionaristas, principalmente Aurélio Buarque de Holanda, que também é folclore o “ conjunto das canções populares de uma época ou região”, ou, simplesmente , “estudo da psicologia de um povo”. Seja qual for o significado mais apropriado para esse verbete, tentarei, em breves palavras, externar alguns dos mais populares e conhecidos folclorismos, colocando, em primeiro lugar, o tradicional frevo, dança característica do carnaval pernambucano, que faz o povo vibrar com seu ritmo frenético. Os passistas, que dele fazem parte, executam coreografia individual, improvisada e delirante. Bastante popular, o pastoril é uma brincadeira que merece registro, por reviver o nascimento de Cristo, entre cantos danças, através de pastorinhas que se vestem a caráter. Também a figura do mamulengo, nome originário de mão mole, também denominado de marionete, mas pouco usual, popularmente, como fantoche. Este, em verdade, é “um boneco que tem a cabeça de massa ou papel, ou mesmo de tecido gessado, cujas mãos, geralmente, são de feltro, cujo corpo formado pela própria roupa, o operador esconde a mão que movimenta por meio do dedo indicador a cabeça e com o polegar e o médio os braços.” Entre as danças, merece igualmente registro o maracatu, que, a exemplo do frevo, é considerado de origem africana. Não poderiam ser esquecidos os caboclinhos ou cabocolinhos, folguedo que se constitui de um desfile carnavalesco, com brincantes paramentados de indígenas, cujo modelo foi popularizado pela literatura indianista. Destaque, também, para o maracatu que é um”cortejo Carnavalesco que baila ao som de instrumentos de percussão, acompanhando uma mulher que conduz bonequinhas ricamente enfeitadas - as calungas - na extremidade de um bastão.” Aqui, o vocábulo calunga merece uma explicação: elemento sagrado dos candomblés de Pernambuco, essa boneca de madeira , ricamente vestida, simboliza uma entidade ou rainha que já faleceu e sempre faz parte dos maracatus. Finalmente, o bumba meu boi, um bailado popular cômico-dramático, organizado em cortejo com personagens humanos, que surgiu entre os escravos e o povo mais pobre dos engenhos de cana-de-açúcar.
Adepto do tema, não posso deixar de ressaltar o nome do folclorista natalense Luiz da Cãmara Cascudo, indiscutivelmente, um dos mais famosos pesquisadores das manifestações culturais brasileiras, tendo presenteado seus admiradores, entre os quais me incluo, com uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro. Convivi com seu filho, o não menos famoso e saudoso jornalista Fernando Luiz da Câmara Cascudo, que teve passagem, também, aqui, no Diario de Pernambuco, e juntos trabalhamos, em outro prestigioso meio de comunicação local. Quando radialista, um dos meus programas favoritos, que produzia e apresentava na Difusora de Caruaru, era, indiscutivelmente, grande sucesso radiofônico: “Recolhendo o Folclore”, cujos scripts perderam-se na voragem do tempo.