Filariose canina atinge melhores amigos do homem

Giovanni Mastroianni *
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Publicação: 23/01/2018 03:00

Apesar de  pouco conhecida, a filariose canina é uma doença parasitária em que o verme Dirofilaria immitis é levado pelo sangue a diferentes tecidos, onde se multiplica, não só atinge como  se instala no ventrículo direito do coração e, também, nos vasos sanguíneos pulmonares  dos cães, multiplicando-se, ao tempo em que bloqueia seu curso sanguíneo

Igualmente cognominada de dirofilariose ou, vulgarmente, de verme do coração, esta é uma doença altamente destrutiva, bem mais usual nos cachorros, podendo, eventualmente, ser transmitida aos felinos, cujo contágio incide, em geral, como  ocorre, normalmente,  nos cães, através da picada de um mosquito infectado, transmissor da doença já adquirida de outro animal. O verme do coração atinge, em média, o comprimento de  15 a 30 centímetros, permanecendo vivo, no animal, entre 5 e 7 anos, alimentando-se, durante todo esse período,  de nutrientes presentes. na circulação sanguínea do animal vitimado. Em infecções mais fortes, chega-se a encontrar mais de 100 vermes em um único animal, o que se constitui em um  perigo letal para o cão ou o gato.

Às vezes, levam-se anos para que os sintomas da doença possam ser observados. Entre outros, citam-se estes:  apatia, desmaios, tonturas, inapetência, cansaço, hemorragias nasais, sangramento na boca, tosse e problemas cardiorrespiratórios. Tais sintomas podem apresentar-se todos, ao mesmo tempo, ou apenas alguns deles, mas poderão levar o animal à morte. Aconselha-se, tão logo surjam alguns desses sintomas, levar-se, imediatamente, o animal a um veterinário. Para detectar o parasita, esse especialista, em geral, procede a uma análise do sangue, apesar de nem sempre serem encontradas microfilárias no sangue. Todavia, se descobertas, faz-se necessário  que se identifique a filária, pois  as .D. repens são menos preocupantes que as D. immitis. Mesmo quando não são identificados parasitas no sangue,  tornam-se indispensáveis alguns cuidados indicados pelos peritos. Na hipótese de confirmação da doença, o veterinário avalia as condições físicas do animal e o estado em que se encontra a doença, pois são utilizados medicamentos diferenciados para cada fase da filariose. Por serem medicamentos fortes, na tentativa de se matar os vermes adultos e expulsar os parasitas mortos, podem-se tornar perigosos à vida do “pet”. Novos medicamentos destinam-se aos vermes mais jovens, presentes no sangue. Finalmente, são recomendados repouso, dieta e medicação para recuperação das condições físicas.

Em se tratando de uma doença grave, que acaba com a vida desses animais e sendo o tratamento, além de arriscado, custoso, aconselhável é que, orientado por um especialista, se aplique uma medicação preventiva, que se constitua, indubitavelmente, na melhor opção para "os melhores amigos do homem."

* Advogado, administrador e jornalista