Giovanni Mastroianni
Advogado, administrador e jornalista
Publicação: 20/07/2023 03:00
Foi em 20 de julho de 1873 que, na cidade mineira de Palmira, nasceu Alberto Santos Dumont, cognominado pelos brasileiros e por grande parte do universo como o “Pai da Aviação’, apesar das divergências, em especial por parte dos norte-americanos, que contestam o pioneirismo, atribuindo-o aos irmãos Wright.
É incontestável, todavia, que Santos Dumont, não só projetou como, também, voou nos primeiros balões dirigíveis que construiu, equipados com motor a gasolina. Por tal feito foi-lhe outorgado, internacionalmente, em 1901 o Prêmio Deutsch, tendo, em seu voo, contornado a Torre Eiffel, em Paris. Tal proeza foi presenciada não só pelos franceses como, igualmente, por jornalistas europeus, que noticiaram o ineditismo. Também é inconteste que é atribuído a Santos Dumont o primeiro voo homologado. É inegável, igualmente, que coube ao mineiro o ineditismo em levantar voo a bordo de uma aeronave impelida por um motor a gasolina. Embora, nos dias atuais, possa não parecer um grande feito, bem ao contrário de 1906, flutuou, aproximadamente, 60 metros na altitude de quase 3 metros em sua “ave de rapina”, na capital francesa. Ratificou sua proeza, pouco tempo depois, em 12 de novembro de 1906, sendo que, dessa vez, ampliou seu percurso para 220 metros, a 6 metros acima do solo. Todos esses primeiros voos foram homologados oficialmente como inéditos, pois não foi necessário o uso de um plano inclinado, vulgarmente denominado de rampa, a fim de voar com um aparelho mais pesado que o ar.
Embora quase não se divulgue, também os franceses pugnam pelo ineditismo de haver levantado voo com uma aeronave impulsionada a vapor, antes de Santos Dumont, tendo como precursor Clément Ader, em 1890, circunstância inverídica, tendo em vista haver sido contraditada até pelas autoridades francesas.
Muitos outros fatos inverídicos surgiram ao longo dos tempos. Todavia, coube ao mineiro Alberto Santos Dumont, após o voo de 220 metros, receber, com o 14-Bis, em 12 de novembro de 1906, um prêmio do Aeroclube da França.
Em uma de minhas idas ao Rio de Janeiro, na cidade serrana de Petrópolis, visitei a casa idealizada pelo ”Pai da Aviação”, construída em terreno íngreme, no formato de um chalé alpino tradicional da montanha francesa, com três andares, cuja escadaria, curiosamente, é dividida ao meio, com degraus para o pé direito e logo acima para o pé esquerdo, até o topo. O térreo, em forma de porão, utilizava como um laboratório e oficina. No segundo andar, uma sala, onde fazia seus lanches e guardava os seus livros. Através de uma escada quase vertical atingia o seu dormitório e o banheiro, dotado de dois chuveiros, sendo um para água fria e outro para quente, que aquecia com álcool. Uma porta lateral dá acesso ao telhado, contendo um mirante, onde ele costumava fazer suas observações astronômicas. A “Encantada”, como denominou seu criador, não dispunha de cozinha, motivo pelo qual, geralmente, fazia as suas refeições em um hotel vizinho que dispunha de um restaurante.
São atribuídas a Santos Dumont várias outras invenções, entre elas destacam-se o relógio de pulso, o chuveiro de água quente, o hangar, sendo também o precursor do ultraleve. Faleceu, em 23 de julho de 1932, no Guarujá, cidade balneária de São Paulo. Levou-o à morte uma depressão profunda. Enforcou-se no banheiro de um hotel.
É incontestável, todavia, que Santos Dumont, não só projetou como, também, voou nos primeiros balões dirigíveis que construiu, equipados com motor a gasolina. Por tal feito foi-lhe outorgado, internacionalmente, em 1901 o Prêmio Deutsch, tendo, em seu voo, contornado a Torre Eiffel, em Paris. Tal proeza foi presenciada não só pelos franceses como, igualmente, por jornalistas europeus, que noticiaram o ineditismo. Também é inconteste que é atribuído a Santos Dumont o primeiro voo homologado. É inegável, igualmente, que coube ao mineiro o ineditismo em levantar voo a bordo de uma aeronave impelida por um motor a gasolina. Embora, nos dias atuais, possa não parecer um grande feito, bem ao contrário de 1906, flutuou, aproximadamente, 60 metros na altitude de quase 3 metros em sua “ave de rapina”, na capital francesa. Ratificou sua proeza, pouco tempo depois, em 12 de novembro de 1906, sendo que, dessa vez, ampliou seu percurso para 220 metros, a 6 metros acima do solo. Todos esses primeiros voos foram homologados oficialmente como inéditos, pois não foi necessário o uso de um plano inclinado, vulgarmente denominado de rampa, a fim de voar com um aparelho mais pesado que o ar.
Embora quase não se divulgue, também os franceses pugnam pelo ineditismo de haver levantado voo com uma aeronave impulsionada a vapor, antes de Santos Dumont, tendo como precursor Clément Ader, em 1890, circunstância inverídica, tendo em vista haver sido contraditada até pelas autoridades francesas.
Muitos outros fatos inverídicos surgiram ao longo dos tempos. Todavia, coube ao mineiro Alberto Santos Dumont, após o voo de 220 metros, receber, com o 14-Bis, em 12 de novembro de 1906, um prêmio do Aeroclube da França.
Em uma de minhas idas ao Rio de Janeiro, na cidade serrana de Petrópolis, visitei a casa idealizada pelo ”Pai da Aviação”, construída em terreno íngreme, no formato de um chalé alpino tradicional da montanha francesa, com três andares, cuja escadaria, curiosamente, é dividida ao meio, com degraus para o pé direito e logo acima para o pé esquerdo, até o topo. O térreo, em forma de porão, utilizava como um laboratório e oficina. No segundo andar, uma sala, onde fazia seus lanches e guardava os seus livros. Através de uma escada quase vertical atingia o seu dormitório e o banheiro, dotado de dois chuveiros, sendo um para água fria e outro para quente, que aquecia com álcool. Uma porta lateral dá acesso ao telhado, contendo um mirante, onde ele costumava fazer suas observações astronômicas. A “Encantada”, como denominou seu criador, não dispunha de cozinha, motivo pelo qual, geralmente, fazia as suas refeições em um hotel vizinho que dispunha de um restaurante.
São atribuídas a Santos Dumont várias outras invenções, entre elas destacam-se o relógio de pulso, o chuveiro de água quente, o hangar, sendo também o precursor do ultraleve. Faleceu, em 23 de julho de 1932, no Guarujá, cidade balneária de São Paulo. Levou-o à morte uma depressão profunda. Enforcou-se no banheiro de um hotel.