Brasil: de volta aos trilhos

Alexandre Rands Barros
Economista

Publicação: 10/05/2025 03:00

Essa semana foi de boas notícias para o Brasil. Houve uma evolução do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o que inclusive permitiu ao país galgar algumas posições nas comparações internacionais. Entre 2022 e 2023, ele passou de 0,778 para 0,786. No ranking global, o Brasil subiu da 89ª posição em 2022 para a 84ª posição em 2023. Essa melhora se deve, principalmente, a avanços nos indicadores de renda e saúde. Apesar de ainda não estar disponível, considerando os dados de renda do próximo parágrafo, certamente esse índice deve ter subido ainda mais e subido algumas posições a mais no ranking internacional. Contudo, essas estatísticas já mostram que há uma voz que tentaram calar, mas que havia uma estrela que não se apagaria. O brilho ilumina a esperança, e com fé num futuro melhor vamos seguir sem medo de ser feliz. E já estamos entrando nos trilhos.

Além disso, dados da PNAD Contínua (IBGE) mostram que, entre 2022 e 2024, a distribuição de renda no país melhorou. O Coeficiente de Gini passou de 0,518 em 2022 para 0,506 em 2024. No Nordeste, essa evolução foi de 0,517 para 0,502. Além disso, os dados da mesma fonte indicam que o rendimento domiciliar per capita mensal avançou 4,7% em 2024, quando comparado a 2023, ano em que ele já havia crescido 11,5%, quando comparado a 2022. Entre 2023 e 2024, o rendimento médio per capita cresceu 4,7% no agregado de todas as famílias. Mas, entre os 5% mais pobres, ele cresceu 17,6%. Entre os próximos 5% (de 5% a 10%), ele cresceu 12,8%. Cresceu também a proporção da população que recebe benefícios sociais como o Bolsa Família e o BPC, tendo aumentado de 7,5%, em 2022, para 9,2%, em 2024. Se tirarmos desses 7,5% os militares que, sem ter direito, receberam auxílio em 2022, no governo anterior, o aumento efetivo teria sido ainda maior do que os 22,7% verificados. A renda de quem recebe benefícios também aumentou 32,9%, entre 2022 e 2024. Ou seja, é o Brasil voltando a ter melhora na distribuição de renda, em um governo popular, voltado para os interesses da maioria, especialmente dos mais pobres. Esses números, em dois anos de governo, mostram que renasce a esperança de um Brasil criança na alegria de se abraçar com dignidade. O Brasil estava merecendo outra vez oportunidade pra sorrir e brilhar nossa estrela.

Para completar, o Brasil voltou a ter papel relevante no cenário internacional, sem precisar que nosso presidente, literalmente, pisasse no pé da líder alemã Angela Merkel para notarem sua existência. O acordo de livre comércio com a União Europeia voltou a ser discutido para que possa finalmente ser aprovado e o país já começa a dialogar com o EFTA (European Free Trade Agreement, que inclui Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein). Também nas relações internacionais estamos voltando a ser felizes e entrando nos trilhos. Mas não podemos esquecer que muito ainda precisa ser feito para alcançarmos um nível de desenvolvimento que assegure o bem-estar básico para todos. Ou seja, estamos entrando nos trilhos, mas ainda falta muito para chegarmos à estação desejada.