Aldo Paes Barreto
Jornalista
Publicação: 30/05/2025 03:00
Águias e condores são aves de rapina, majestosas em seus voos e caçadoras implacáveis com visões aguçadas e garras afiadas. As águias caçam e predam outras aves e mamíferos, enquanto os condores se alimentam principalmente de carcaças. Contam os descendentes dos antigos moradores das Montanhas Rochosas norte-americanas que as águias da região podem viver até mais de 80 anos, depois de passar por radical processo de autorrejuvenescimento.
Ao chegar aos 40 anos, as águias com as penas envelhecidas, as garras desgastadas e o bico, estragado, sobem na parte mais alta da montanha, escolhem esconderijo seguro e ali pacientemente, usando o bico retiram as penas gastas e arrancam as garras imprestáveis. Depois, batem o bico contra as pedras até perdê-lo. Então, hibernam por longos meses, à espera de que novas penas, garras e um novo bico renasçam.
E vivem mais de 40 anos, podendo chegar aos 100.
Nos Andes, os nativos da região montanhosa, com mais otimismo e alguma ingenuidade, contam lendas semelhantes. O condor, o primo pobre das águias norte-americanas, se alimenta de carniça, do que sobra de outros caçadores, o que encontram pelo caminho.
Lendas e mitos dos povos deste nosso continente americano aproximam as duas aves, contam histórias semelhantes do rejuvenescimento, do renascimento, das esperanças envolvendo as duas aves. A rapinagem aproxima as duas. O mito presente nos céus e nas esperanças de nossos povos mais antigos serve também para ilustrar a nossa Previdência, envelhecida, desgastada e economicamente inviável, que ganha agora oportunidade de se renovar e de alçar voo em busca de sua finalidade, depois dos recentes episódios de pura rapinagem. O roubo sistematicamente das pensões e aposentadorias com, pelo menos, a omissão do governo.
Criada há mais de 100 anos, a Previdência perdeu-se pelos caminhos, gastou mais do que foi possível arrecadar, privilegiou segmentos mais fortes da sociedade, deixando atrás de si um rombo financeiro que desestabiliza qualquer nação organizada. Envelheceu. Responsável em boa parte pelas mazelas inflacionárias e por todos esses paliativos com os quais tenta-se evitar histórica sangria, a Previdência Social não terá futuro com o velho modelo. E a sociedade tem a obrigação de exigir que a esperada renovação possa ser útil a todos assegurando um futuro digno aos cidadãos deste país, particularmente à crescente população de idosos.
Infelizmente, os humanos copiaram das águias o instinto de sobrevivência, a sanha predadora. Nos EUA, a águia-careca, símbolo da Nação, parece estar estimulando e incitando a cabeça branca do presidente Donald a rapinar terras alheias. No Brasil, o simplório Careca do INSS é mais que um símbolo. É um exemplo do comportamento incrustado nas decisões políticas, que começam na escolha do ministério e se propagam no Congresso, nos outros poderes, através dos caminhos e veredas da rapinagem do dinheiro público.
Donald fará 80 anos em junho de 2026.
Lula chegará aos 80 anos, agora em outubro.
Que Deus nos proteja.
Ao chegar aos 40 anos, as águias com as penas envelhecidas, as garras desgastadas e o bico, estragado, sobem na parte mais alta da montanha, escolhem esconderijo seguro e ali pacientemente, usando o bico retiram as penas gastas e arrancam as garras imprestáveis. Depois, batem o bico contra as pedras até perdê-lo. Então, hibernam por longos meses, à espera de que novas penas, garras e um novo bico renasçam.
E vivem mais de 40 anos, podendo chegar aos 100.
Nos Andes, os nativos da região montanhosa, com mais otimismo e alguma ingenuidade, contam lendas semelhantes. O condor, o primo pobre das águias norte-americanas, se alimenta de carniça, do que sobra de outros caçadores, o que encontram pelo caminho.
Lendas e mitos dos povos deste nosso continente americano aproximam as duas aves, contam histórias semelhantes do rejuvenescimento, do renascimento, das esperanças envolvendo as duas aves. A rapinagem aproxima as duas. O mito presente nos céus e nas esperanças de nossos povos mais antigos serve também para ilustrar a nossa Previdência, envelhecida, desgastada e economicamente inviável, que ganha agora oportunidade de se renovar e de alçar voo em busca de sua finalidade, depois dos recentes episódios de pura rapinagem. O roubo sistematicamente das pensões e aposentadorias com, pelo menos, a omissão do governo.
Criada há mais de 100 anos, a Previdência perdeu-se pelos caminhos, gastou mais do que foi possível arrecadar, privilegiou segmentos mais fortes da sociedade, deixando atrás de si um rombo financeiro que desestabiliza qualquer nação organizada. Envelheceu. Responsável em boa parte pelas mazelas inflacionárias e por todos esses paliativos com os quais tenta-se evitar histórica sangria, a Previdência Social não terá futuro com o velho modelo. E a sociedade tem a obrigação de exigir que a esperada renovação possa ser útil a todos assegurando um futuro digno aos cidadãos deste país, particularmente à crescente população de idosos.
Infelizmente, os humanos copiaram das águias o instinto de sobrevivência, a sanha predadora. Nos EUA, a águia-careca, símbolo da Nação, parece estar estimulando e incitando a cabeça branca do presidente Donald a rapinar terras alheias. No Brasil, o simplório Careca do INSS é mais que um símbolo. É um exemplo do comportamento incrustado nas decisões políticas, que começam na escolha do ministério e se propagam no Congresso, nos outros poderes, através dos caminhos e veredas da rapinagem do dinheiro público.
Donald fará 80 anos em junho de 2026.
Lula chegará aos 80 anos, agora em outubro.
Que Deus nos proteja.