Um perdigueiro das notícias - 80 anos bem vividos!!!

Carlos Eduardo Carvalho dos Santos
Escritor e jornalista

Publicação: 29/05/2025 03:00

Chegar aos 80 anos inteiriço não é comum. Mas Luiz Felipe de Moraes Moura, diplomado Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais enquanto era bancário e, paralelamente, jornalista, é um fato raro. E ele o conseguiu porque soube ser audaz, tanto nas ideias quanto nas realizações. Parece que o destino montou sua vida sob quatro pilares principais, que aqui ouso resumir.

Na juventude, foi futebolista amador, conseguindo dar dribles tão incríveis que a torcida fez lembrar Garrincha, cuja assinatura era fazer a “finta de corrida”, quando ele parava repentinamente, deixando o marcador desequilibrado, correndo pra frente feito um doido. Certa feita, o drible e o gol foram tão entusiasmantes que a torcida deu uma vaia no seu adversário, o colega “Monobloco” (Everaldo Maciel), que pulou o alambrado e saiu correndo pra dar uma “lapada” nele.

Os tempos foram passando e ele sentiu que estava diante do “2º pilar”  de sua vida: o amor pelo Santa Cruz Futebol Clube. De torcedor a conselheiro vitalício, foi questão de pouco tempo e pertinária.

Chega o tempo de jornalismo, o “3º pilar”. Começou sendo uma espécie  de perdigueiro do colunista João Alberto. Inquieto, cheio de ideias e disposto nas ações, fundaram um micro-jornal na AABB, onde ele era o “faz tudo”. Tinha disposição de bicho! Dava os furos noticiosos sobre a juventude daquele clube, depois pegava a redação datilografada por João Alberto, metia a cara num velho mimeógrafo, ficava com a camisa salpicada pela negra tinta da máquina, imprimia a maçaroca de papéis e ainda distribuía pelas agências metropolitanas do banco.

Do jornalismo ao ingresso na cúpula da Abrajet foi uma sequência de aperfeiçoamentos. Ganhou projeção nacional. Foi às alturas. Viaja constantemente para várias partes do país, representando a entidade de Pernambuco. Conquistou mais amigos. Tornou-se reconhecido pela atuação. Sua presença e ações se fizeram notar na diretoria da AIP e no Sindicato dos Jornalistas, quando se tornou co-fundador do Bloco Carnavalesco Língua Ferina.

Atingiu o pódio também pela participação nas diretorias de associações bancárias. A inquietude o levou à criação do boneco Capibão, homenagem de outro bloco carnavalesco, o BB na Folia, à sua antiga casa de trabalho, o Banco do Brasil, associação que comandou durante 30 anos. E no GAT – Grupo de Amigos do Turismo, elite do turismo pernambucano, coordena e organiza os almoços festivos nas reuniões informais.

Neste mês entra glorioso nos 80 anos bem vividos de idade, atingindo uma nova fase de sua vida, cheio de saúde, filhos, netos, ideias e amigos. Ao ser homenageado com um almoço, foi saudado pelo professor e escritor Roberto Pereira, que muito bem traçou os fatos mais importantes da vida desse perdigueiro das notícias.