Marcus Prado
Jornalista
Publicação: 02/06/2025 03:00
Ao ser entrevistado pelo Le Monde, o escritor, linguista e historiador Umberto Eco (1932/2016), o homem dos 50 mil livros, autor do famoso O Nome da Rosa, (1981) que virou filme de sucesso (1986), disse que a fotografia, enquanto signo é uma combinação de índice e ícone. “Ela é um índice porque se liga diretamente ao objeto representado, como um rastro que o representa. Ao mesmo tempo, é um ícone, pois a fotografia tenta reproduzir o objeto em questão”. Disse ainda na entrevista que se fosse escolher uma mulher para um ensaio fotográfico traria de volta a célebre Nefertiti (Tebas-Egito), esposa do faraó Akhenaton (1336 ou 1334 a.C), “dona do rosto mais belo da terra dos faraós”. Confesso que, amante da fotografia como arte maior, tive belas mulheres no reduto dos meus íntimos devaneios, muitas das quais foram injustamente esquecidas pela maioria dos historiadores. Pena que as escolhidas estejam agora morando no céu das estrelas fixas, aquelas estrelas vistas por Dante (1265-1321) na Divina Comédia - Canto XXIII.
Para a minha galeria imaginária, onírica, com o desejo de reencantar um mundo desencantado, eu teria como escolha Aspásia (428 a.C). De acordo com Platão (348 a.C.), ela fazia parte dos círculos intelectuais e políticos mais fechados do seu tempo e era a única especialista em retórica. Vejo Christine de Pisan (1364-1431), considerada a mais importante poetisa medieval e a primeira mulher a viver de sua arte no Ocidente. Hannah Harendt (1906-1975) não faltaria no “catálogo” da minha galeria. Foi aluna indisciplinada e genial do escritor Martin Heidegger (1886-1986), o mais famoso, polêmico, complexo e discutido filósofo alemão do seu tempo. Gertrud Von Le-Fort (l878-1976), escritora alemã, conhecida como “a Goethe de saias”, suas obras são apreciadas pela profundidade e beleza de ideias e por seu sofisticado refinamento de estilo. Para outra sala dessa galeria dos desejos eu escolhia Susan Sontag (1936-2004), a eterna musa de todos os que amam a fotografia, notável nos campos da teoria e da estética fotográfica, escreveu vários livros. Peggy Guggenheim (1898-1979), famosa nos EUA pela sua fortuna e possuidora de uma milionária galeria de pintores de várias épocas.
Georgia O’Keeffe (1887-1986), uma das primeiras pintoras dos EUA a alcançar reconhecimento mundial da crítica e do público, suas telas impressionistas inovadoras são ainda disputadas nas famosas galerias americanas. Anna Akhmatova (1889-1976), quem não amava essa mulher? Considerada uma das maiores poetisas da Rússia, a sua obra é de comovente e enigmática beleza. A fotógrafa e cineasta alemã “Leni” Riefenstahl (1902-2003), fotografou a África Negra como ninguém antes dela. Pannonica Rothschild, (1913-1988), conhecida como a Baronesa do Jazz, Frida Kahlo (1907-1954)), Lou Andreas-Salomé (1861-1937), Pagú (1910-1962), Anayde Beiriz (1905-1930), Martha de Holanda (1903-1951), mulheres que ousaram viver como bem entendiam. (Continua).
Para a minha galeria imaginária, onírica, com o desejo de reencantar um mundo desencantado, eu teria como escolha Aspásia (428 a.C). De acordo com Platão (348 a.C.), ela fazia parte dos círculos intelectuais e políticos mais fechados do seu tempo e era a única especialista em retórica. Vejo Christine de Pisan (1364-1431), considerada a mais importante poetisa medieval e a primeira mulher a viver de sua arte no Ocidente. Hannah Harendt (1906-1975) não faltaria no “catálogo” da minha galeria. Foi aluna indisciplinada e genial do escritor Martin Heidegger (1886-1986), o mais famoso, polêmico, complexo e discutido filósofo alemão do seu tempo. Gertrud Von Le-Fort (l878-1976), escritora alemã, conhecida como “a Goethe de saias”, suas obras são apreciadas pela profundidade e beleza de ideias e por seu sofisticado refinamento de estilo. Para outra sala dessa galeria dos desejos eu escolhia Susan Sontag (1936-2004), a eterna musa de todos os que amam a fotografia, notável nos campos da teoria e da estética fotográfica, escreveu vários livros. Peggy Guggenheim (1898-1979), famosa nos EUA pela sua fortuna e possuidora de uma milionária galeria de pintores de várias épocas.
Georgia O’Keeffe (1887-1986), uma das primeiras pintoras dos EUA a alcançar reconhecimento mundial da crítica e do público, suas telas impressionistas inovadoras são ainda disputadas nas famosas galerias americanas. Anna Akhmatova (1889-1976), quem não amava essa mulher? Considerada uma das maiores poetisas da Rússia, a sua obra é de comovente e enigmática beleza. A fotógrafa e cineasta alemã “Leni” Riefenstahl (1902-2003), fotografou a África Negra como ninguém antes dela. Pannonica Rothschild, (1913-1988), conhecida como a Baronesa do Jazz, Frida Kahlo (1907-1954)), Lou Andreas-Salomé (1861-1937), Pagú (1910-1962), Anayde Beiriz (1905-1930), Martha de Holanda (1903-1951), mulheres que ousaram viver como bem entendiam. (Continua).