Domingos Ricca
Sócio fundador da Ricca Associados
Publicação: 15/07/2025 03:00
O sonho do pai nem sempre é o sonho do filho, mas e se o sonho do pai for o mesmo da filha?
O aumento do protagonismo da presença feminina no cenário da sucessão familiar
As mulheres ficaram durante muitos anos relegadas ao papel de mãe e esposa. A partir da década de 60 iniciaram sua luta por igualdade de direitos, e atualmente elas ocupam espaço relevante nas organizações, consolidando a imagem de profissionais competentes e com atuação em todos os segmentos econômicos, inclusive àqueles que eram ocupados predominantemente por homens.
A exemplo do cenário nacional e global, as empresas familiares começaram a apresentar maior destaque para a gestão das herdeiras, que por anos não puderam assumir as organizações que seus pais criaram. Este era um espaço ocupado pelos filhos.
As empresas familiares no Brasil possuem uma vasta história, talvez tão extensa quanto a do próprio país, já que o início foi marcado pelas empresas rurais adquiridas por doação dos senhores feudais, em uma época em que se subdividiam as capitanias hereditárias, antes do nascimento da indústria.
Contudo, o aparecimento da presença feminina na sucessão de uma organização de natureza familiar é algo recente. As mulheres começaram a assumir a posição de sucessoras há apenas 20 anos, ou seja, há pouquíssimo tempo.
Um dos principais problemas em uma organização familiar é o processo sucessório, a transição entre gerações é sempre conflituosa, mas todo (a) aquele (a) que funda um negócio sempre tem em mente a perpetuação de seu empreendimento, pois demanda muita luta e sacrifícios. Fundadores (as) não querem que sua empresa venha a desaparecer quando não puderem mais estar à frente dos negócios.
O problema maior da sucessão ocorre quando o sonho do (a) fundador (a) não é o mesmo sonho do filho (herdeiro), mas e se o sonho do pai/mãe for o mesmo sonho da herdeira?
Hoje as filhas estão sendo qualificadas e preparadas, e muitas vezes possuem maior afinidade e proximidade com quem construiu a empresa. Desta forma, assumem muito facilmente a cultura da gestão, entendendo o modelo de liderança e sua importância no processo de perpetuação dos negócios. Também têm mais tato e sensibilidade para lidar com os problemas e divergências familiares.
As herdeiras, assim como qualquer mulher inserida no mercado de trabalho, encontrarão barreiras e obstáculos no trajeto do sucesso profissional, entre esses empecilhos estarão sempre presentes.
Pesquisa realizada demonstra que apenas 27% das mulheres esperavam entrar no negócio da família. Entre as razões que elas deram para ingressar na empresa estão: ajudar a família, ocupar uma posição que ninguém deseja, e insatisfação com o outro emprego.
Outro fator constatado é que as mulheres pesquisadas não haviam planejado seu ingresso nas empresas familiares, entrando na organização apenas para apoiar a família durante uma crise, ou porque as outras opções no mercado eram ainda mais indesejáveis.
A sucessão familiar deve ser planejada com antecedência na presença do (a) fundador (a), pois ninguém melhor que ele (a) para transmitir os valores e a cultura da instituição, bem como todo o conhecimento, caso a herdeira necessite enfrentar momentos de crises, ou até mesmo a ausência do (a) criador (a) da organização, o que poderia abalar o equilíbrio do negócio familiar.
Garantir a perpetuação dessas bases, transmitindo-as aos sucessores (as), é o principal meio para perpetuar os negócios de família, sendo este o sonho do (a) fundador (a). Atualmente, as sucessoras podem realizar este sonho com competência e determinação.
O aumento do protagonismo da presença feminina no cenário da sucessão familiar
As mulheres ficaram durante muitos anos relegadas ao papel de mãe e esposa. A partir da década de 60 iniciaram sua luta por igualdade de direitos, e atualmente elas ocupam espaço relevante nas organizações, consolidando a imagem de profissionais competentes e com atuação em todos os segmentos econômicos, inclusive àqueles que eram ocupados predominantemente por homens.
A exemplo do cenário nacional e global, as empresas familiares começaram a apresentar maior destaque para a gestão das herdeiras, que por anos não puderam assumir as organizações que seus pais criaram. Este era um espaço ocupado pelos filhos.
As empresas familiares no Brasil possuem uma vasta história, talvez tão extensa quanto a do próprio país, já que o início foi marcado pelas empresas rurais adquiridas por doação dos senhores feudais, em uma época em que se subdividiam as capitanias hereditárias, antes do nascimento da indústria.
Contudo, o aparecimento da presença feminina na sucessão de uma organização de natureza familiar é algo recente. As mulheres começaram a assumir a posição de sucessoras há apenas 20 anos, ou seja, há pouquíssimo tempo.
Um dos principais problemas em uma organização familiar é o processo sucessório, a transição entre gerações é sempre conflituosa, mas todo (a) aquele (a) que funda um negócio sempre tem em mente a perpetuação de seu empreendimento, pois demanda muita luta e sacrifícios. Fundadores (as) não querem que sua empresa venha a desaparecer quando não puderem mais estar à frente dos negócios.
O problema maior da sucessão ocorre quando o sonho do (a) fundador (a) não é o mesmo sonho do filho (herdeiro), mas e se o sonho do pai/mãe for o mesmo sonho da herdeira?
Hoje as filhas estão sendo qualificadas e preparadas, e muitas vezes possuem maior afinidade e proximidade com quem construiu a empresa. Desta forma, assumem muito facilmente a cultura da gestão, entendendo o modelo de liderança e sua importância no processo de perpetuação dos negócios. Também têm mais tato e sensibilidade para lidar com os problemas e divergências familiares.
As herdeiras, assim como qualquer mulher inserida no mercado de trabalho, encontrarão barreiras e obstáculos no trajeto do sucesso profissional, entre esses empecilhos estarão sempre presentes.
Pesquisa realizada demonstra que apenas 27% das mulheres esperavam entrar no negócio da família. Entre as razões que elas deram para ingressar na empresa estão: ajudar a família, ocupar uma posição que ninguém deseja, e insatisfação com o outro emprego.
Outro fator constatado é que as mulheres pesquisadas não haviam planejado seu ingresso nas empresas familiares, entrando na organização apenas para apoiar a família durante uma crise, ou porque as outras opções no mercado eram ainda mais indesejáveis.
A sucessão familiar deve ser planejada com antecedência na presença do (a) fundador (a), pois ninguém melhor que ele (a) para transmitir os valores e a cultura da instituição, bem como todo o conhecimento, caso a herdeira necessite enfrentar momentos de crises, ou até mesmo a ausência do (a) criador (a) da organização, o que poderia abalar o equilíbrio do negócio familiar.
Garantir a perpetuação dessas bases, transmitindo-as aos sucessores (as), é o principal meio para perpetuar os negócios de família, sendo este o sonho do (a) fundador (a). Atualmente, as sucessoras podem realizar este sonho com competência e determinação.