Barqueiro diz ter visto fumaça

Publicação: 21/01/2017 03:00

Um barqueiro que trabalha com passeios turísticos em Paraty (RJ) afirma ter visto fumaça saindo da asa esquerda do avião que caiu na região matando o ministro Teori Zavascki e outras quatro pessoas. Célio de Araújo, conhecido como Pelé, 50, saiu do cais de Paraty para um passeio de uma hora, com cinco adultos e uma criança a bordo do barco. Segundo o barqueiro, eles estavam próximos à ilha da Rapada, quando viram o avião, que voava baixo, se aproximando.

A aeronave, segundo Pelé, fez uma curva para a direita, bateu na água e quicou diversas vezes. O avião caiu no mar de Paraty, próximo da chamada Ilha Rasa, que fica a cerca de dois quilômetros do litoral. Paraty fica a 250 quilômetros da capital do Rio. Chovia de maneira moderada na hora do acidente, segundo a ClimaTempo. No entanto, havia grande nebulosidade e formação de raios.

Mergulhadores do Corpo de Bombeiros resgataram do mar o corpo do ministro Teori por volta de 1h30 dessa sexta-feira. Inicialmente ele foi levado para uma base montada em uma marina de Paraty. Dali o corpo seguiu até o Instituto Médico-Legal de Angra dos Reis, cidade a 91 quilômetros do local.

Para os trâmites referentes aos corpos das vítimas, o IML de Angra permaneceu fechado nesta sexta. A medida contrariou pessoas que também precisavam dos serviços do instituto. O movimento no prédio foi constante. Eduardo Toledo, diretor-geral do STF, e Mauro Campbell, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), estiveram à tarde no instituto.

Ainda na quinta-feira, o também barqueiro Ademilson de Alcantara Mariano, 34, disse ter chegado ao local dez minutos após o acidente, que ocorreu por volta das 14h. De acordo com ele, a Defesa Civil e os bombeiros chegaram ao local entre 14h25 e 14h30. Notaram, ainda de acordo com Mariano, que tinha alguém vivo no avião. Os bombeiros passaram uma corda por baixo do avião, levantando-o. Ouviram, então, a voz de uma mulher: “Me tira daqui, não estou aguentando mais”.  A equipe de resgate tentou, sem sucesso, quebrar o vidro do avião com uma marreta, mas a vítima acabou morrendo afogada. (Da redação com agências)