Família decide por enterro em Porto Alegre

Publicação: 21/01/2017 03:00

O corpo do ministro Teori Zavascki será velado neste sábado, no Tribunal Regional Federal da 4 ª Região (TRF-4), no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre. O velório será aberto ao público a partir das 11h. Teori será sepultado às 18h, no Cemitério Jardim da Paz, também na capital gaúcha. “Havia uma dúvida se o velório seria no Supremo Tribunal Federal, como é de praxe. A decisão foi da família”, disse o presidente em exercício do TRF-4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. A direção do TRF-4 espera um grande público no velório. A cerimônia será fechada apenas para a família e convidados. Será realizada uma missa de corpo presente celebrada pelo arcebispo metropolitano d. Jaime Spengler.

Ao desembarcar nesta sexta em Brasília, após chegar de viagem na Suíça, o procurador—geral da República se recusou a conceder entrevistas: “Luto. Respeito aos mortos”, limitou-se a dizer Janot. Ele apressou sua volta da Europa ao receber a notícia da morte de Teori, na queda do avião na quinta-feira em Paraty.

Dos dez ministros do STF, cinco irão ao enterro de Teori. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, foi a primeira a desembarcar na capital gaúcha para esperar pela chegada do corpo de Teori Zavascki, ao lado da família dele. Os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, que compunham a 2ª Turma do STF com Teori, também prestarão a última homenagem ao colega. Da 1ª Turma, apenas o ministro Edson Fachin confirmou presença. Mendes e Toffoli estavam no exterior, mas anteciparam o retorno ao Brasil para participar da cerimônia.

Não irão ao enterro os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber por estarem de férias fora do país. O decano Celso de Mello e o ministro Marco Aurélio Mello estão no país, mas optaram por não viajar a Porto Alegre. “Minha homenagem será perpétua ao ministro Teori Zavascki e estará centrada na fala. A pior morte não é física, é a da fala. É o esquecimento”, afirmou Marco Aurélio Mello, que disse estar “recarregando as baterias” em Visconde de Mauá, perto da divisa entre o Rio e Minas Gerais. (Da redação com agências)