Maia minimiza placar apertado

Publicação: 24/03/2017 03:00

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), minimizou o placar apertado da votação do projeto de lei que permite terceirização. Ele disse ter certeza que, na reforma trabalhista, próxima grande votação de interesse do Executivo na Casa, o governo conseguirá alcançar quórum suficiente para aprovar uma PEC, como a da reforma da Previdência.

O projeto da terceirização, que era apoiado pelo Palácio do Planalto, foi aprovado por 231 votos favoráveis e 188 contrários. Houve ainda oito abstenções. Maia estava na sessão plenária, mas só poderia votar em caso de empate. O número de votos favoráveis é menor do que os 308 necessários para aprovar uma PEC como a da Previdência - , tema que enfrenta resistência ainda maior no Congresso. “A qualidade das nossas votações, o apoio, o convencimento que a base vai dar, e aqueles que acreditam que o Brasil precisa ser reformado, vai crescer. Tenho certeza que, na reforma trabalhista, vamos caminhar com resultado de quórum constitucional e tenho certeza que, na reforma da previdência, com essa força que as reformas do Brasil vêm ganhando a cada dia, teremos resultado que vai mudar a história do Brasil”.

A aprovação da terceirização uniu as principais centrais sindicais (da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB) do país que, juntas, preparam manifestações e uma greve geral contra a medida. A data da paralisação será decidida na segunda-feira e deve ocorrer em abril. Em nota assinada ontem, as centrais afirmam que “a terceirização aprovada condena o trabalhador à escravidão”.

Mulheres
O relator do projeto aprovado da terceirização na Câmara, o deputado federal Laércio Oliveira (SD-SE) cometeu uma gafe em debate promovido ontem pela CNI. “Somente no setor básico, asseio e conservação, é unanimidade, se terceiriza em todo lugar. Nessa atividade tem mais de dois milhões de trabalhadores, 60% dessa mão de obra é feminina, porque faz limpeza. E ninguém faz limpeza melhor do que a mulher. À exceção de mim, que sou muito bom”, disse. (Da redação com agências)