Dilma tem os bens bloqueados

Publicação: 12/10/2017 03:00

A ex-presidente Dilma Rousseff reagiu à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou ontem o bloqueio de seus bens e demais membros do Conselho de Administração da Petrobras, devido a irregularidades que, segundo a corte, teriam ocorrido na aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Por meio de nota, a defesa de Dilma afirmou que “não há prova alguma de qualquer ilícito praticado pelo Conselho Administrativo da Petrobras” e que “muitos dos seus integrantes eram empresários do mercado, com experiência em gestão e aquisições”.

A defesa da ex-presidente declarou que nenhum dos membros do conselho tinha ligação política com o governo. “Está claro, pelas próprias atas do Conselho de Administração da Petrobras, que a compra de 50% das ações de Pasadena foi feita com base em avaliações e informações jurídicas e financeiras consideradas íntegras e cabais. Dois anos depois, o Conselho foi informado que tais informações eram parciais e incorretas, transmitidas por diretor hoje condenado por corrupção”, informou. O TCU, em diversos julgamentos entre 2014 e 2017, diz a defesa, isentou o Conselho de Administração da Petrobras, presidido por Dilma, de prejuízo na compra de Pasadena. “A presidenta eleita Dilma Rousseff vai apresentar mais uma vez o devido recurso para comprovar que não houve qualquer ato ilegal ou irregular que o Conselho à época tivesse conhecimento.”

O bloqueio de bens pelo TCU também atinge os ex-membros do conselho Antonio Palocci, José Sergio Gabrielli, Claudio Luis da Silva Haddad, Fabio Colletti Barbosa e Gleuber Vieira. O montante cobrado de todos é de US$ 580 milhões. Cabe recurso da decisão do tribunal. (AE)