Publicação: 07/05/2020 03:00
Gigantes do chamado centrão, como PP, PL e Republicanos, estão gerenciando a distribuição de cargos do governo federal para atrair partidos menores para a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Diário Oficial da União de ontem trouxe a nomeação do pernambucano Fernando Marcondes de Araújo Leão como diretor-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), com salário de R$ 16.944,90.
A autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, é responsável pela construção de barragens e açudes nas regiões áridas do país. Tem forte caráter assistencial no interior do Nordeste. Parlamentares e um técnico do governo disseram à reportagem que a indicação de Leão para o cargo foi levada ao governo pelo líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), um dos interessados em disputar a sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara em fevereiro de 2021.
Procurado, Lira, que esteve no Palácio do Planalto no fim da manhã de ontem, não respondeu à reportagem. O novo diretor-geral do Dnocs, no entanto, não é do PP, mas do Avante (7 deputados), partido no qual ingressou em março deste ano. Antes, ele foi filiado por 32 anos ao PTB. Até hoje, Fernando Leão ocupava o cargo de gerente-geral do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) em Pernambuco.
Segundo relatos feitos reservadamente à reportagem por quatro parlamentares de três siglas que integram o bloco do centrão, as legendas maiores têm um guarda-chuva com outras menores em busca de uma base de para Bolsonaro no Congresso.
Entre os cargos negociados por eles com Bolsonaro estão Banco do Nordeste, Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação), Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e secretarias do Ministério de Desenvolvimento Regional, entre outros. Segundo um destes parlamentares, o PP (com 40 integrantes na Câmara) e os nanicos de seu grupo somam 80 deputados. O centrão como um todo tem cerca de 200 deputados. (Folhapress)
A autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, é responsável pela construção de barragens e açudes nas regiões áridas do país. Tem forte caráter assistencial no interior do Nordeste. Parlamentares e um técnico do governo disseram à reportagem que a indicação de Leão para o cargo foi levada ao governo pelo líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), um dos interessados em disputar a sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara em fevereiro de 2021.
Procurado, Lira, que esteve no Palácio do Planalto no fim da manhã de ontem, não respondeu à reportagem. O novo diretor-geral do Dnocs, no entanto, não é do PP, mas do Avante (7 deputados), partido no qual ingressou em março deste ano. Antes, ele foi filiado por 32 anos ao PTB. Até hoje, Fernando Leão ocupava o cargo de gerente-geral do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) em Pernambuco.
Segundo relatos feitos reservadamente à reportagem por quatro parlamentares de três siglas que integram o bloco do centrão, as legendas maiores têm um guarda-chuva com outras menores em busca de uma base de para Bolsonaro no Congresso.
Entre os cargos negociados por eles com Bolsonaro estão Banco do Nordeste, Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação), Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e secretarias do Ministério de Desenvolvimento Regional, entre outros. Segundo um destes parlamentares, o PP (com 40 integrantes na Câmara) e os nanicos de seu grupo somam 80 deputados. O centrão como um todo tem cerca de 200 deputados. (Folhapress)