A inclusão do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no discurso feito pelo presidente Lula (PT), no Congresso Nacional do PSB, já faria parte da estratégia eleitoral. Ele chamou o filho de Jair Bolsonaro (PL) de “lambe-botas de Trump” e que estaria agindo de forma terrorista e antipatriótica nos Estados Unidos. As avaliações feitas em Brasília coincidem com os números da pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem. Já que o ex-presidente Bolsonaro está inelegível e Eduardo vem se escalando para concorrer ao Palácio do Planalto, Lula estaria escolhendo seu adversário preferido, numa eleição que novamente será polarizada. A disputa seria menos difícil porque o deputado atrai basicamente os eleitores da direita e extrema direita. A pesquisa mostrou que, dos nomes postos pela oposição, os dois com pior desempenho numa disputa com o petista são Eduardo Bolsonaro e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB). Se a eleição fosse hoje, o presidente teria 44% dos votos contra 34% do deputado liberal. Contra Caiado, seria 43% a 33% para o petista. Quando são colocados no páreo os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), a vantagem de Lula fica dentro da margem de erro. Passados dois anos e meio, o governo bate recorde de desaprovação, a ponto de 65% dos entrevistados pela Quaest avaliarem que Lula não deveria tentar a reeleição. Mas como a eleição será polarizada, só resta ele porque a esquerda não tem opção.

Borges questiona João Paulo
O deputado Waldemar Borges (PSB) ironizou a avaliação do colega João Paulo (PT) de que há uma antecipação da eleição de 2026 na Alepe, “numa aliança dos bolsonaristas e o PSB”. Borges lembra que, anteontem, o petista estava com a “aliada Raquel Lyra num evento em Jaboatão, um município governado pelo PL”. “Isso João Paulo precisa explicar”, acrescenta.

Mais um recado
Na agenda com a PM, a governadora Raquel Lyra (PSD) falou que “o Governo tem precisado muito da Assembleia na aprovação dos projetos de lei e dos empréstimos que financiam obras. Tudo em defesa dos interesses de Pernambuco. Não fomos eleitos para tirar retrato”, comentou.

Opção de centro
O deputado Aécio Neves garante que a fusão do PSDB com o Podemos não é para alcançar a cláusula de barreira. “É um projeto maior. Estamos construindo uma alternativa de centro para o Brasil, dizendo que é possível sobreviver sem estar ao lado de governos”, afirmou o mineiro.

Alckmin, Raquel e João juntos
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) estará hoje em Belo Jardim e, assim como aconteceu na ida do presidente Lula (PT) a Salgueiro, a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), estarão presentes. Todos participarão da inauguração da nova Unidade de Reciclagem de Metais do Grupo Moura.